O piso mínimo de R$ 1.621 entra em vigor em 1º de janeiro de 2026. O Dieese projeta que o reajuste pode injetar até R$ 81,7 bilhões na economia ao longo de 2026, levando em conta o ganho direto de renda, o estímulo ao consumo e o incremento na arrecadação.
O impacto deve alcançar cerca de 61,9 milhões de pessoas. Desse total, 29,3 milhões são aposentados e pensionistas do INSS, 17,7 milhões de trabalhadores com carteira assinada, 10,7 milhões de autônomos e quase 4 milhões de empregados domésticos.
A valorização de 6,79% foi definida para manter ganhos reais acima da inflação. O cálculo para 2026 utiliza a variação integral do INPC de 4,18% somada ao crescimento do PIB dos dois anos anteriores. Embora o PIB de 2024 tenha registrado 3,4%, o repasse ficou limitado pelo teto de 2,5% do novo regime fiscal, resultando num acréscimo de R$ 103 em relação ao piso anterior.
Do ponto de vista fiscal, o salário mínimo atua como principal indexador das despesas obrigatórias do governo. O Dieese aponta que cada R$ 1 de aumento gera custo adicional de R$ 380,5 milhões aos cofres públicos, totalizando R$ 39,1 bilhões apenas na Previdência Social para o próximo ano. Além disso, cerca de 70,8% dos beneficiários do INSS recebem justamente o piso, e 46% de toda a despesa previdenciária está vinculada a esse reajuste.
O grande desafio para a gestão econômica é equilibrar o fortalecimento do poder de compra da população com o controle de gastos públicos e o cumprimento das metas fiscais.
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