Os Estados Unidos sancionaram, em 30 de dezembro de 2025, a Empresa Aeronáutica Nacional S.A. (EANSA), fabricante estatal de drones da Venezuela, e seu presidente, José Jesús Urdaneta González, como parte de um pacote de sanções contra dez pessoas e entidades envolvidas no comércio de veículos aéreos não tripulados entre Venezuela e Irã, considerado uma ameaça à segurança nacional e regional.
A medida aponta a EANSA como responsável pela manutenção e supervisão da montagem dos drones Mohajer da empresa estatal iraniana Quds Aviation Industries (QAI), com negócios ativos desde 2006. Também é citada por facilitar a venda de UAVs da linha Mohajer-6 por milhões de dólares à Venezuela. As autoridades dos EUA afirmam que Urdaneta coordenava a produção de drones iranianos no país.
O novo pacote inclui ainda três indivíduos sediados no Irã e outra entidade ligada à rede de empresas sancionadas pela RFKA (Rayan Fan Kav Andish Co), grupo iraniano de alta tecnologia, por atuar na obtenção de produtos químicos usados na fabricação de mísseis para uma estatal iraniana. As sanções bloqueiam ativos nos EUA e proíbem cidadãos americanos de qualquer transação com os sancionados.
As medidas se somam a anúncios anteriores, feitos em outubro e novembro, que miravam empresas internacionais que supostamente apoiavam o programa iraniano de fabricação de mísseis e drones, reforçando a pressão sobre o governo venezuelano de Nicolás Maduro. O Tesouro dos EUA reiterou que o fornecimento contínuo de armas do Irã à Venezuela representa uma ameaça à segurança no hemisfério.
Para quem acompanha as mudanças na coordenação entre Venezuela, Irã e atores globais, esse movimento mostra o quanto as sanções podem dificultar operações de defesa e logística entre os dois países. Deixe seu comentário abaixo com sua opinião sobre as sanções e seus impactos para a região.

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