Após a repercussão do caso envolvendo a rede de Farmácias Droga Raia, a empresa se posicionou sobre o ocorrido com o erro na digitação do nome de um cliente, conforme nota abaixo:
Posicionamento: A Droga Raia repudia veementemente a homofobia. Reconhecemos e lamentamos o transtorno que o Sr. Galileu sofreu. Pedimos desculpas pelo o que aconteceu. Enfatizamos que, assim que ficamos sabendo da troca do nome, um ano atrás, corrigimos o cadastro imediatamente e informamos o Sr. Galileu que o nome foi corrigido e revisamos os procedimentos internos. Durante estes doze meses sempre estivemos abertos para o diálogo. Tentamos chegar a um acordo em relação à indenização solicitada, mas não obtivemos êxito e continuamos abertos ao diálogo.
A Droga Raia é integrante do Fórum de Empresas e Diretos LGBTI+ e fazemos questão de divulgar internamente para os nossos 50 mil funcionários que a empresa respeita a comunidade LGBTI+, assim como divulgamos o compromisso público de ter um ambiente livre de discriminação presenciada ou vivida nas nossas farmácias, escritório e centros de distribuição, alinhados com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis da ONU (ODS) contra a discriminação de Pessoas com Deficiência, LGBTI+, negros, sêniores 60+ e mulheres.
ENTENDA O CASO: O estrategista Galileu Nogueira denunciou nessa segunda-feira (28/3) que foi vítima de homofobia praticada por funcionários da rede Raia Drogasil em São Paulo.
O relato do rapaz no Instagram viralizou. Ele revela que processou a gigante varejista de produtos farmacêuticos depois de ter o seu cadastro na empresa alterado para ??Gaylileu?, com o recebimento de mensagens no celular com essa denominação pejorativa.
??Sempre recebi SMS da Droga Raia com promoções e era costume vir meu nome escrito para dar um tom mais pessoal a mensagem. Acontece que um funcionário resolveu fazer ??uma graça?? com minha orientação sexual depois do dia 13/1/2021, afinal, ser gay é ser motivo de piada, né??, afirmou em um dos posts no Instagram.
Ele alega que passou a ter seu nome impresso como ??Gaylileu? em cupons de desconto. Até que um dia, em visita a uma loja da rede, ele diz que um funcionário, ??em tom constrangido?, perguntou: ??Seu nome é Gaylileu mesmo??. O rapaz disse que ouviu uma risadinha ??discreta? ao fundo.
Pela falta de ações, ele relata que resolveu processar a empresa, com um pedido de indenização por danos morais e a exigência de um treinamento sobre homofobia para funcionários da rede, além de uma retratação.
O processo ainda está em andamento. O estrategista diz que recebeu, na semana passada, uma proposta de indenização de R$ 5 mil em uma audiência de conciliação, mas recusou.
A companhia também teria pedido a ele que sugerisse qual tipo de treinamento poderia ser dado aos funcionários. Nogueira afirma que solicitou à empresa que desses dois treinamentos: contra a homofobia e sobre a importância do respeito ao nome social do consumidor.
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