Apesar de cinco pessoas terem sido indiciadas pela morte de Marcel da Silva Vieira, o “Billy”, que trabalhava na pousada de luxo Paraíso Perdido, em Jaguaripe, na região do baixo sul do estado, a polícia acredita na participação de mais uma pessoa. O suspeito aparece em uma gravação de áudio comemorando a execução de Billy.
Segundo o delegado de Jaguaripe, Rafael Magalhães, esta sexta pessoa apareceu numa mensagem de áudio encontrada no celular do quinto acusado de ter cometido o crime, Felipe. “Ele (Felipe) conseguiu escapar do cerco, trocando tiro com os policiais de Santo Antônio de Jesus. Na hora, deixou o celular cair e estava desbloqueado. Ouvimos na gravação um homem e dava para entender que tem alguém por trás (do crime)”, declarou o delegado.
Billy era ex-detento e funcionário de Leandro da Silva Troesch, encontrado morto em um dos quartos da Paraíso Perdido com um tiro na cabeça. Ele era uma pessoa confiança do empresário, que também era ex-presidiário. Um dia antes de ser ouvido pela morte do patrão, Billy foi assassinado.
Duas mulheres tiveram as prisões decretadas pelo envolvimento na morte de Leandro. Maqueila Bastos, que é amiga da viúva de Leandro, Shirley Figueiredo. Maqueila foi presa em Aracaju e transferida na terça-feira (5) para Salvador. Ele está na Delegacia Especial de Repressão a Crimes conta a Criança e o Adolescente (Derrca), onde são custodiadas as mulheres. Já Shirley segue foragida.
A Polícia Civil havia divulgado, na sexta-feira (1°), a conclusão do inquérito da morte de Billy e cinco pessoas – três homens, uma mulher e um adolescente – foram indiciadas pelo homicídio. Destes, apenas Felipe está foragido. “Estamos concentrado as nossas forças de segurança para capiturá-lo. Em paralelo a isso, o celular de Felipe já foi encaminhado para perícia, com a finalidade de descobrir quem é o homem que comemora a morte da vítima”, declarou o delegado, que ainda não tem a motivação do crime.
Na segunda-feira (4), na cidade de Ipiaú, região sul do estado, Joelton Santos Santana foi preso pelo envolvimento no assassinato de Billy. De acordo com as investigações, o suspeito, antes de fugir, havia confessado o crime a uma irmã, Jania dos Santos Santana, que vivia um romance com a vítima – ela foi presa dia 2 -, que teria atraído a vítima para uma cilada. Além dela, estão custodiados um homem chamado de Alan e um adolescente de 17 anos.
O caso
A investigação foi iniciada em 25 de fevereiro, com a morte do dono do empreendimento, ainda cercada de mistérios.
O empresário já havia sido preso e condenado a 14 anos de prisão por crimes de sequestro e extorsão cometido em 2001. Ele estava em prisão domiciliar na pousada.
A viúva, Shirley da Silva Figueiredo, disse à polícia que estava no banheiro e somente ouviu o barulho do tiro.
Dias depois, no início de março, Marcel, que era o “braço direito” do empresário, foi assassinado a tiros e tinha marca de golpes de faca no corpo. Ele era peça fundamental na investigação que já estava em curso.
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