Candidatos derrotados farão �??composição�?? por Macron na França, avalia especialista

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Com a definição de Emmanuel Macron e Marine Le Pen para a disputa do segundo turno da eleição presidencial na França, candidatos derrotadas encabeçam propagandas em prol do atual presidente, avalia o professor de Relações Internacionais e procurador do Estado de São Paulo José Luiz Moraes. Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, nesta segunda-feira, 11, ele avaliou o cenário para a próxima disputa, que acontece em 24 de abril, e os desafios dos candidatos, assim como as movimentações políticas das próximas semanas. �??Sem duvida nenhuma, haverá uma composição em prol do atual presidente, Emmanuel Macron, principalmente do terceiro colocado, que ficou com uma votação muito expressiva e próxima a de Le Pen. Jean-Luc Mélenchon é um líder de esquerda, de extrema esquerda em oposição à extrema direita. Então, sem duvida nenhuma, haverá apoio ao atual presidente, com expectativa de votação de eleitores desse colocado e também da prefeita de Paris, Anne Hidalgo, que teve uma votação pouco expressiva�?�, pontuou José Luiz Moraes, que prevê uma �??dicotomia�?� entre a esquerda e a direita, com a figura de Macron ocupando a posição central, como aconteceu em 2017, quando o atual presidente venceu Marine Le Pen.

No entanto, mesmo com o provável apoio dos outros candidatos a Macron, aspectos econômicos podem prejudicar o candidato no segundo turno, como o aumento dos preços em razão da guerra entre Ucrânia e Rússia. �??Obviamente, um candidato de situação fica sujeito a intempéries do momento, como o grande aumento de preços que a Europa e o mundo está sentindo em relação ao conflito Rússia e Ucrânia, principalmente de fontes energéticas. Então,  sentimos a revolta da população que sente no bolso o aumento de preços e isso vai refletir negativamente contra Macron.  Mas, do outro lado temos um discurso xenofóbico e muito radical, o que causa uma indignação de grande parte do eleitorado�?�, menciona José Luiz Moraes, que cita perda de 11% das intenções de voto ao atual presidente nos últimos meses, o que também pode estar relacionado com o crescimento da direito no país. �?� Não vejo grande vitória por parte da extrema direita, mas desde 1945 ela aparece de for crescente, velada e cada vez mais escancarada na França atual, o que era inimaginável. Há um sensível crescimento da direta em toda Europa, um movimento xenofóbico muito forte�?�, completou.

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