A preocupação socioambiental das empresas de papel e celulose da Bahia, que formam, junto com o Espírito Santo, o maior parque industrial de celulose do mundo, foi o destaque na posse da nova diretoria do Sindpacel (Sindicato das Indústrias do Papel, Celulose, Papelão, Pasta de Madeira de Papel e Artefatos de Papel e Papelão no Estado da Bahia). �??O mito de que o eucalipto é prejudicial ao meio ambiente já foi derrubado. Há comprovações científicas de que ele ajuda substancialmente no sequestro de carbono, por exemplo�?�, explicou o novo presidente da entidade, Jorge Cajazeira, também executivo da Suzano Papel e Celulose.
Cajazeira destacou ainda o crescente roubo de madeira no Sul da Bahia para uso em carvoarias ilegais. �??Essa questão é escandalosa. Somente no ano passado roubaram o equivalente a 3 mil campos de futebol, sem contar o consequente trabalho infantil e escravo�?�, disse ele. O executivo alertou que nem mesmo as áreas de preservação ambiental estão sendo poupadas pelos ladrões e reconheceu o importante trabalho das Polícias Civil e Militar. Cajazeira cobrou que os envolvidos no esquema sejam punidos judicialmente. �??Não queremos ser reconhecidos apenas pelos resultados econômicos, mas pela conservação e proteção ao meio ambiente e pela responsabilidade social das empresas�?�, acrescentou o presidente da ABAF (Associação dos Produtores de Florestas Plantadas do Estado da Bahia) Leonardo Genofre. O setor é responsável por 300 mil hectares de área de preservação na Bahia, incluindo reserva legal, Área de Preservação Permanente (APP), Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) e unidades de conservação.
O secretário estadual de Indústria e Comércio James Correia enfatizou a preocupação do governo com as questões ambientais e invasões de terra. �??Este é um segmento reconhecido e importante que investe em tecnologia e em preservação ambiental. Para cada hectare de área plantada, as empresas preservam outro hectare�?�, afirmou. Já o presidente da Fieb (Federação das Indústrias do Estado da Bahia) José de Freitas Mascarenhas ressaltou a necessidade de continuar a fortalecer o setor, responsável por 18,9% das exportações da Bahia: �??Manter-se competitivo no mundo atual é um cenário para o qual o associativismo é necessário�?�.
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