Policiais militares do Prado integraram o movimento de greve, deflagrado na noite da última terça-feira (31). A decisão saiu de uma assembléia da Associação de Policiais e Bombeiros do Estado (Aspra), determinando paralisação, em tempo indeterminado. A Aspra, que congrega cerca de 2 mil filiados, do universo de 32 mil PMs e bombeiros da ativa na Bahia, cobra do governo a incorporação de gratificações aos salários, além de regulamentação para o pagamento de adicionais, como de periculosidade e acidente. Também reivindica melhores condições de trabalho, armamentos e mais viaturas.
Os soldados estão aquartelados e só saem para atendimentos de emergências. As viaturas foram estacionadas no pátio. Os serviços de rondas e segurança em bancos deixaram de acontecer. Ainda assim, as agências do Banco do Brasil, Bradesco e Casa Lotérica funcionaram normalmente, nesta sexta-feira (03). Não há registro de incidentes decorrentes da paralisação da Polícia Militar, em Prado.
O comando da PM determinou que os policiais assinem lista de presença, como meio de atingir os salários dos grevistas. Por isto, militares, mesmo de folga foram vistos na Central de Operações do 4º Pelotão do Prado.
A mesma situação se repete pelos vários pelotões, companhias e batalhões da Polícia Militar da Bahia. Em Itamaraju, policiais da 43ª CIPM recolheram viaturas ao pátio, enquanto os militares só saem para situações de urgência e emergência.
A paralisação convocada por segmento de policiais militares baianos foi considerada ilegal nesta quinta-feira (02) pelo juiz da 6ª Vara da Fazenda Pública, Ruy Eduardo Almeida Brito. O juiz acolheu requerimento do governo, por meio da Procuradoria Geral do Estado (PGE), no ato representada pelo procurador Marcos Sampaio, determinando que a Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra-BA) �??suspenda o movimento grevista deflagrado”.
Segundo o procurador-geral do Estado, Ruy Moraes, caso a entidade não cumpra a decisão de imediato, será cobrada multa de R$ 80 mil por cada dia de paralisação. �??Os policiais do segmento grevista devem retornar de imediato às atividades. Este é um serviço essencial e indispensável. Portanto, não comporta paralisação�?�.
O presidente da Aspra, o ex-soldado Marco Prisco, diz que a liminar não prejudicará a paralisação. Ele foi um dos articuladores da última grande greve da PM no Estado, em julho de 2001, e foi afastado da corporação pelo episódio.
Em nota, o governador Wagner disse que vai usar “medidas enérgicas” para defender “os interesses maiores da população”. “Não admitirei que a segurança seja colocada em risco por um pequeno grupo de pessoas, ainda mais porque estas desconsideraram a decisão judicial que considerou a greve ilegal”, diz o texto.
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