Ministério Público recomenda que polícia retome o caso do menino desaparecido e considere a hipótese de homicídio

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Considerando a possibilidade do desaparecimento do garoto Maicon, de 9 anos de idade, em Vitória da Conquista, ter relação com disparos de arma de fogo e, portanto, a possibilidade de se tratar de um homicídio, o Ministério Público estadual sugere que a Polícia Civil oficie mais uma vez ao Departamento de Polícia Técnica (DPT) para que apresente os laudos periciais referentes à investigação já realizada e que proceda à reconstituição dos fatos, a fim de confrontar todas as versões para o caso. As sugestões constam do Pronunciamento Ministerial do promotor de Justiça Beneval Santos Mutim com base no procedimento de investigação criminal instaurado para apurar as circunstâncias do desaparecimento do garoto Maicon., ocorrido logo após o disparo de armas de fogo efetuado por policiais militares que estavam à procura de um adolescente que, por motivo de dívida, teria sido levado por traficantes para um matagal nas proximidades do condomínio onde Maicon morava.

foto crianca desaparecida VCA1

Segundo informam os autos, um adolescente envolvido com o tráfico de drogas teria sido abordado por outros dois adolescentes e um adulto que, por vingança, o teriam levado para o matagal, iniciando uma sessão de espancamento. Sem ter nada a ver com o fato, Maicon, seu irmão e outros três amigos voltavam de uma lagoa onde estavam brincado. Ao ver os policiais, os garotos se assustaram. Maicon, que vinha à frente com outro garoto, correu para junto dos outros amigos, em direção oposta aos PMs que, segundo as testemunhas, teriam atirado em direção a eles.

Com base nesses fatos, o promotor, em seu pronunciamento, considera que, se os disparos estavam sendo efetuados em direção aos menores, existe a possibilidade de que um deles tenha atingido Maicon. Beneval Mutim considera ainda a possibilidade de que o garoto tenha sido vítima de um outro criminoso que, assustado com os disparos dos policiais, tenha, eventualmente, atirado contra o garoto, considerando possível, ainda, que o garoto tenha se afogado em alguma lagoa da localidade na tentativa de fuga. Diante disso e também de alguns fatos, como o de a Polícia ter impedido a entrada no matagal de pessoas que queriam procurar o garoto, bem como a não produção da perícia técnica de sangue encontrado no local, embora o material tenha sido coletado pelos policiais, o promotor de Justiça concluiu por determinar que os autos sejam remetidos à Promotoria de Justiça da capital com atuação perante a Vara do Juri com a recomendação de que sejam enviados à Delegacia de Homicídios.

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