“Assumir que o filho é dependente químico é a pior coisa para uma mãe” disse uma mãe que há 13 anos convive com um filho dependente químico, hoje em recuperação.
Na órbita da dependência química estão pais, mulheres, maridos, irmãos, amigos e filhos. Pessoas que adoecem, mesmo sem estarem mapeadas pelas pesquisas que quantificam usuários de drogas. A estimativa dos estudiosos é de que para cada pessoa no alvo direto das drogas , são nove afetados de forma secundária.
Só para o crack, em uma matemática simples, chega-se a 9 milhões de adoecidos. Isso porque, segundo levantamento da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o Brasil concentra 1 milhão de viciados nos efeitos tóxicos da pedra.
Pacientes que adoecem sem nunca terem usado o cachimbo. Por exemplo, filha, mãe e mulher de usuários em recuperação, que acabam deprimidas, ansiosas e com dores crônicas, transtornos desencadeados pela dependência química de seus entes queridos.
Entidade que reúne terapêuticos focados em familiares de dependentes químicos �?? não tratar e acolher esta população chamada �??codependente�?� é errar duplamente: Primeiro, porque as famílias sofrem e acabam excluídas de um tratamento, depois, e o mais importante, é que os familiares são peças decisivas na recuperação do dependente químico. Apoiar não significa ficar ao lado incondicionalmente, muitas vezes alimentando de forma inconsciente o comportamento compulsivo do dependente químico.
Não orientar as famílias é ajudar a manter os resultados ainda muito modestos (menos de 40%) de recuperação dos dependentes químicos.
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