O menor apreendido por policiais militares do 4º Pelotão do Prado, na última segunda-feira, dia 25, já está em liberdade. O fato não chamaria atenção, não tivesse sido encontrado com ele 15 (quinze) pedras de uma substância com as características à droga conhecida como crack. Não bastasse isso, este mesmo menor confessou ser o autor do crime que tirou a vida do aposentado, escritor e autor de livro e ex-diretor de jornal, Eustábio de Jesus da Silva, 66 anos, morto na madrugada da quinta-feira, dia 21.
O menor em questão foi apresentado na Delegacia da Polícia Civil. Antes, no entanto, na função atípica, a Polícia Militar do Prado iniciou a coleta de informações e passou a investigar o crime de homicídio do aposentado. Segundo informou a Central de Operações do 4º Pelotão, a autoria do crime apontou para o menor apreendido, que chegou a confessar e narrar detalhes de como tudo aconteceu.
Poucas horas depois de chegar à Delegacia da Polícia Civil, a delegada titular, Dra. Rosângela dos Santos, entendeu por manter o menor em liberdade. Tanto a infração de tráfico de drogas, como a de grave ameaça à vida – homicídio – são ações públicas e incondicionadas, demandando das autoridades judiciais o trabalho de investigação, produção de provas e formulação de denúncia.
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) autoriza a medida de internação quando um menor pratica ato infracional cometido mediante grave ameaça ou violência a pessoa. A sua retirada do seio social poderia chegar à três anos.
A notícia envolvendo o menor deixou pairar na sociedade a sensação de impunidade. Diante do fato, passa a ser percebido, tanto na PM, que se desmotiva, quanto na sociedade, a sensação de injustiça.
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