Quem é Adriano Pires e o que ele defende sobre a política de aumento dos combustíveis

Publicado:

I 20080522 200337 10

O economista Adriano Pires foi indicado pelo governo nesta segunda-feira, 28, para substituir Joaquim Silva e Luna na presidência da Petrobras. Se for aprovado pela Assembleia-Geral dos acionistas da estatal, ele será o terceiro a ocupar o cargo durante a administração do presidente Jair Bolsonaro (PL). Pires é formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), tem doutorado em Economia Industrial pela Universidade de Paris XIII e mestrado em Planejamento Energético. ?? diretor-fundador do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), onde coordena projetos e estudos para a indústria de gás natural, a política nacional de combustíveis, o mercado de derivados de petróleo e gás natural. O economista também atuou como assessor do diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

A troca no comando da Petrobras ocorre em meio ao aumento do preço dos combustíveis no Brasil. O valor é influenciado, principalmente, pela cotação do dólar e o valor do barril de petróleo no mercado internacional. Pires é colunista do portal Poder 360 e, em seus últimos artigos, vem defendendo a criação de um fundo de estabilização para driblar a alta dos combustíveis. Ele também se posicionou contra a hipótese de intervenção do governo na política de preços. ???Podemos usar imediatamente recursos dos dividendos pagos pela Petrobras à União ou recursos vindos de royalties, participações especiais ou mesmo da comercialização de óleo feita pela estatal PPSA. O que não podemos, e não devemos, é ceder à tentação de intervir nos preços da Petrobras, algo que só trouxe prejuízos para toda a sociedade brasileira e que significa o atraso do atraso???, escreveu na coluna da semana passada. Para o economista, no médio e longo prazo, a meta deve ser dar continuidade ao programa de desinvestimentos da Petrobras.

Em uma publicação Linkedin na tarde desta segunda, Pires afirmou que o risco de intervenção na estatal antes das eleições é baixo. ???Quando o ex-presidente Roberto Castelo Branco foi substituído pelo general [Silva e Luna], a grande maioria dos analistas e jornalistas apostava que o general controlaria os preços, mas, pelo contrário, a política de paridade de importação foi mantida. Eu acho que o risco de intervenção na Petrobras antes das eleições é muito baixo por duas razões. A primeira é que a regulamentação e o compliance da empresa após a Lava Jato tornam muito difícil para o Conselho de Administração tomar ações que possam prejudicar os acionistas. Segundo, se o presidente Bolsonaro interviesse na empresa, seria acusado de fazer a mesma política que Lula???, escreveu.

Facebook Comments

Compartilhe esse artigo:

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Alckmin contatou embaixadores de Brasil e China para excetuar País da crise de chips

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, está realizando esforços diplomáticos para proteger o Brasil das consequências da...

Cortes de gastos entram no projeto do REARP, que deve ser votado ainda esta semana

O governo e a Câmara dos Deputados estão avançando nas negociações para incluir medidas de corte de gastos no projeto que cria o...

Haddad e Renan Calheiros almoçam nesta terça-feira para debater Isenção do Imposto de Renda

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reunirá nesta terça-feira, 28, com o senador Renan Calheiros (MDB-AL). O foco do encontro será a...