Uma nova intervenção tem se tornado comum entre pessoas que querem dar um novo visual para o saco escrotal: o “scrotox”. Comum na Europa e nos Estados Unidos, o procedimento consiste na aplicação de toxina botulínica no órgão para que ele fique menos enrrugado.
Segundo a esteticista Carla Nascimento, que faz o procedimento em São Paulo há dois anos, o uso estético do material é relativamente antigo. Um vídeo publicado por ela falando sobre o tema ganhou repercussão no início do mês, fazendo com que o conteúdo fosse visto por 3 mil pessoas e compartilhado por outras 900.
“Nunca imaginei que fosse repercutir assim”, diz ao UOL TAB. “Nem fui eu quem escolhi o conteúdo. Abrimos uma caixinha de perguntas e um paciente quis saber sobre o scrotox. Dei tão pouca importância que nem assisti ao vídeo. Aí virou uma loucura, recebi ligações e mensagens do Brasil inteiro”, conta Carla.
O “scrotox”, disse a médica, diminui o suor e aumenta a sensibilidade do saco escrotal, “o que pode trazer uma melhora na vida sexual”.
Formada em medicina pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Carla é especialista em anestesiologia e outra em estética. Atualmente, ela se divide entre o consultório em que faz alisamentos escrotais, e a função de esteticista em Santarém (PA) e a de anestesista no Hospital Regional de Itaituba (PA).
“O que mais me deixou surpresa foi ver colegas médicos que não conhecem nem a aplicação para casos de doença”, diz a médica, apesar de não realizar procedimentos que não os de motivação estética.
Carla conta que já ouviu pacientes dizerem “doutora, meu saco parece que sumiu”. “Temos uma tendência ao que é esteticamente aceitável. No caso, o de um pênis apoiado em uma bolsa escrotal. Se ela for pequena, pode parecer meio estranho para alguns”, diz Carla.
O assunto já foi pautado por atrações televisivas, além de sites e blogs. Carla explica que ela não pode postar fotos ao estilo “antes e depois” porque o CFM (Conselho Federal de Medicina) não permite. Além disso, nem todo paciente a autoriza a sair por aí mostrando imagens das suas partes íntimas.
A lei também proíbe a profissional de divulgar o valor cobrado, mas, segundo apuração da reportagem, cada aplicação pode custar a partir de R$ 10 mil. O perfil de quem procura é de homens com idade entre 30 e 50 anos.
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