Vice-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), coronel Antônio Nunes sofreu pressão do colega Gustavo Feijó para intervir na presidência da entidade. A informação é do site Terra.
Coronel Nunes foi eleito um dos vices da CBF desde o pleito de 2018 que elegeu Rogério Caboclo como presidente. Porém, o dirigente foi afastado do cargo acusado de assédio sexual e moral contra funcionários da entidade. No seu lugar, Ednaldo Rodrigues assumiu a cadeira interinamente. No último dia 24 de fevereiro, o baiano foi mantido no cargo após Assembleia Geral.
Durante o processo de punição a Caboclo, os bastidores políticos da CBF entraram em ebulição. Sem o mandatário, o vice mais velho deveria assumir o lugar. Na época, Coronel Nunes, de 83 anos, deveria ser o substituto natural, porém ele estava internado num hospital em São Paulo. O segundo da linha sucessória seria Antônio Aquino, 75, que preferiu abrir mão. O terceiro da lista é Ednaldo Rodrigues, 68, que acabou assumindo a função para conduzir o processo eleitoral. A partir daí, Feijó, opositor ao atual mandatário, tem pressionado Coronel Nunes a tentar retomar a presidência. Porém, o dirigente mais idoso da entidade não está interessado em entrar nessa disputa.
Ainda segundo o Terra, que teve acesso ao documento, uma das filhas de Coronel Nunes, Giane, escreveu uma mensagem, em nome da mãe dona Rosa, dirigida a Feijó sobre o assédio sofrido pelo pai. Ela pediu que evitassem levar problemas a Nunes, que ainda está com a saúde debilitada. Inclusive, o vice mais idoso da CBF ficou de fora da chapa única liderada por Ednaldo Rodrigues para a disputa das eleições presidenciais da entidade.
“Nunes deixou o presidente Ednaldo à vontade para compor o grupo que vai seguir na gestão maior do futebol brasileiro”, diz um trecho. “Nunes entende que em 60 anos de sua vida dedicados ao futebol, já poderia deixar o caminho aberto a outros dirigentes”, continuou.
A eleição presidencial da CBF está marcadas para a próxima quarta-feira (23).
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