Preço do bacalhau varia até 360% e chega a R$ 230

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O aumento da procura por peixes na semana santa fez o consumidor belo-horizontino se deparar com valores salgados. A opção preferida para substituir a carne vermelha na sexta-feira da Paixão é o bacalhau, cujo quilo pode custar entre R$ 49,90 para o tipo Saithe e R$ 230 o tipo Porto Real, com uma diferença de 360%. Considerando o mesmo produto, a variação do Saithe, que chega a custar R$ 129,80, é de 160%, enquanto o tipo do Porto tem diferença de 53% nos preços, que partem de R$ 149,90. Os dados são do site de pesquisas Mercado Mineiro, que realizou levantamento no início da quaresma e apontou aumento de 59% nos peixes em relação ao ano passado, e agora novo estudo mostra que na semana do feriado os preços foram praticamente mantidos.
O levantamento mostra ainda que o camarão sete-barbas G pode ser encontrado de R$ 39,90 até R$ 78, uma variação 95%. O camarão rosa, limpo, médio, pode custar de R$ 58 até R$ 144,90, variando 149%. O levantamento mostra uma comparação dos preços dos peixes frescos, camarão e bacalhau nas principais lojas do Mercado Central e peixarias da Região Metropolitana de Belo Horizonte, realizado entre os dias 1º a 4 de abril de 2022. Embora tenha ocorrido aumento entre o ano passado e agora, no período da quaresma, a partir da quarta-feira de cinzas e esta semana, os preços médios caíram. O valor médio do bacalhau do Porto passou de R$ 177,88 para R$ 170,75, com uma redução de 4%. Já o preço médio do quilo do bacalhau Saithe caiu de R$ 78,83 para R$ 77,43, uma redução de 1,77%.
???A gente tinha uma expectativa até maior de redução nos preços. Tem muita gente querendo queimar o estoque porque sabe que depois da quaresma cai o consumo de pescados, embora a gente está vivendo um momento muito diferente porque a carne vermelha está muito cara. Acaba que os peixes ajudam a fazer uma concorrência???, declarou o economista Feliciano Abreu, economista e coordenador do site Mercado Mineiro. 
Segundo Feliciano, o consumidor deve ficar atento tanto ao preço quanto à qualidade do produto. ???As variações são muito grandes, o consumidor tem que ficar muito atento. No caso do bacalhau, tem que ver a própria qualidade???, afirmou.
Elcio Silveira Zanetta, de 66 anos, é aposentado e fez a compra ontem para a bacalhoada. Ele contou ao Estado de Minas que sempre faz uma pesquisa dos preços antes, mas não notou muita diferença desta vez. 
???Eu achei um pouco salgado o preço, o bacalhau tava caro. Mas, infelizmente, não tem jeito, tem que comprar. Todo ano a gente faz a bacalhoada com a família, reúne todo mundo???, disse. ???Paguei cerca de R$ 270 o filé do bacalhau. Fico frustrado, mas o que a gente pode fazer? Tem que comprar???, explicou.
Hélio Alves Carvalho, de 53, gerente da Peixaria Modelo, no Mercado Central de Belo Horizonte, disse que com todas as dificuldades dos dois últimos anos de pandemia da COVID-19, os comerciantes estão com a expectativa de recuperar o prejuízo. ???Este ano não houve redução no preço com o fim da quaresma se aproximando. O problema é que, com a pandemia, todo mundo está apertado, ninguém tá reduzindo o preço, mesmo se sobrar mercadoria no fim???, declarou.
Ele apontou que a procura aumentou desde a entrada na semana santa, no domingo de ramos. ???A procura aumentou 70% do fim de semana para cá. A gente não tem noção de como vai ser a semana porque os dois anos foram muito difíceis, mas esperamos que esse ano seja melhor”, disse. A demanda tem sido maior para os peixes piratinga e surubim???.

Pescados 

O levantamento do Mercado Mineiro mostra ainda uma comparação dos preços médios dos peixes frescos e camarão nas principais lojas do Mercado Central e peixarias da Grande BH na Quaresma. 
O camarão sete-barbas pequeno caiu de R$ 43,53 para R$ 42,70, uma redução de 2%. O quilo do salmão caiu de R$ 88,62 para R$ 86,75, uma redução de 2,11%. O quilo da tainha caiu de R$ 31,87 para R$ 27,65, uma redução de 13%. O quilo do filé de tilápia caiu de R$ 44,11 para R$ 43,36, uma redução de 1,71%.
O quilo do curimatã subiu de R$ 21,91 para R$ 22,31, um aumento de 1,83%. O quilo da corvina subiu de R$ 23,98 para R$ 24,32, um aumento de 1,40%. O quilo da sardinha subiu 6%, passando de R$ 17,92 para R$ 19,01. 
A dúzia de ovos vermelhos subiu de R$ 10,25 para R$ 10,70, um aumento de 4,42%. A dúzia de ovos brancos subiu de R$ 8,71 para R$ 8,94, um aumento de 2,60%.
Entre os peixes frescos, também houve variações significativas, como o quilo do cascudo, que custa de R$ 20,90 até R$ 35, uma variação de 67%. O quilo do curimatã, custa de R$ 16,95 até R$ 28,90, uma diferença de 70%. 
O quilo do filé de merluza pode ser encontrado por R$ 25,90 até R$ 43,90, uma variação de 69%. O quilo do filé de surubim pode custar de R$ 49,90 até R$ 83,90, uma variação de 68%.
O quilo do salmão pode custar de R$ 62,90 até R$ 129,90 com uma variação de 106%. O quilo da sardinha custa de R$ 12,90 até R$ 25, uma variação de 94%. O quilo do piratinga, custa de R$ 22,90 até R$ 39, com uma variação de 74%. O quilo da tainha varia 54% custando de R$ 25,90 até R$ 39,90. O quilo do filé de tilápia está custando de R$ 32,90 até R$ 53, com uma diferença de 61%. O quilo do surubim em posta custando de R$28,90 até R$59,90, variando 107%.

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