O Ministério Público Federal (MPF) deu prazo de 48h à Polícia Rodoviária Federal (PRF) para que esclarecimentos sejam feitos sobre os procedimentos utilizados na abordagem e na morte por asfixia de Genivaldo de Jesus Santos, homem de 38 anos, morto após ser trancado no porta-malas de uma viatura da Polícia Rodoviária Federal (PRF) inalando um gás. O caso ocorreu na cidade de Umbaúba, Sergipe.
O MPF e a Polícia Federal vão investigar, através de um inquérito, as causas e circunstâncias da morte. Em nota, a PRF disse que já trabalha internamente no caso.
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O procurador Flávio Pereira da Costa Matias, coordenador do Controle Externo da Atividade Policial, determinou ainda que, assim que todas as informações pedidas forem esclarecidas ao MPF, que seja aberta uma �??apuração preliminar�?�, de modo que o futuro procurador do caso fique ciente das investigações da PF, e tome as ações cabíveis.
Até o momento, informações do laudo do Instituto Médico-Legal (IML) de Aracaju confirmaram que a causa da morte de Genivaldo foi por asfixia mecânica e insuficiência respiratória aguda. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de Sergipe, laudos complementares ainda serão emitidos.
A reação nas redes sociais após divulgação da decisão do MPF foi imediata:
O caso
Genivaldo de Jesus dos Santos, morreu ontem (25/5) aos 38 anos, após ser interceptado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) e colocado dentro do porta-malas da viatura, com uso de gás de pimenta em grande quantidade.
De acordo com nota divulgada pela PRF, foram empregadas “técnicas de imobilização e instrumentos de menor potencial ofensivo”. Também de acordo com a nota oficial distribuída pela corporação, o homem resistiu à abordagem e foi agressivo.
Conforme a declaração, a vítima teria passado mal durante o deslocamento, sendo socorrido e encaminhado ao Hospital José Nailson Moura, onde foi constatado o óbito.
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