Sem fazer menção às demais vítimas, o presidente Jair Bolsonaro (PL) lamentou, na noite desta quinta-feira (21/7), a morte do cabo da Polícia Militar (PM) Bruno de Paula Costa, na operação conjunta das polícias Militar e Civil no Complexo do Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro, na manhã de quinta-feira (21/7).
???Fato lamentável lá do Rio de Janeiro, o cabo Bruno de Paula Costa faleceu vitimado aí por confronto com bandidos. Ele, que estava na UPP Nova Brasília, foi socorrido e não resistiu. Tinha 38 anos deixa viúva e dois filhos portadores do espectro autista???, disse Bolsonaro em transmissão ao vivo pelas redes sociais.
Na sequência, o presidente apresentou uma foto e disse ter se emocionado ao ver a imagem. ???Meu colega paraquedista. Deve ter feito curso enquanto serviu em alguma unidade da brigada paraquedista. Nossos sentimentos à família. Lamentamos o ocorrido???, prosseguiu.
A PM confirmou que a operação deixou 18 mortos, sendo 16 suspeitos, um PM e uma moradora. Antes, a polícia falava cinco mortes. Mas os próprios moradores do Alemão denunciaram terem retirado pelo menos outros três corpos das ruas da comunidade.
Eles seriam de pessoas baleadas em confrontos com a polícia. Os mortos foram levados para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Alemão e para o Hospital Getúlio Vargas, na Penha.
Objetivo da ação De acordo com a PM, o objetivo da ação era combater o roubo de veículos, de carga e a bancos na comunidade. A corporação afirma que o setor de inteligência indica a presença de criminosos no local que atuam em diversas regiões do Rio.
Ao menos 400 policiais, quatro helicópteros e 10 veículos blindados participaram da ação. Quatro pessoas foram presas.
Esta foi a quarta operação policial mais letal da história do Rio. Duas delas aconteceram recentemente, na gestão do governador Cláudio Castro (PL): Jacarezinho (28 mortos), em 2021, e Vila Cruzeiro (25 óbitos), em 2022. A terceira ação ocorreu em 2007, na Baixada Fluminense, deixando 19 mortos.
As vítimas O cabo Bruno estava na corporação desde 2014. Ele deixa esposa e dois filhos. O policial trabalhava no momento da ação e ficou ferido quando a base da UPP foi atacada por criminosos em retaliação à operação no Alemão. Ele chegou a ser socorrido ao Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, mas não resistiu aos ferimentos.
Letícia, 50 anos, é moradora do Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste da cidade, e estava na casa do namorado Denilson Glória, que é morador da comunidade. Ela foi baleada no peito e morreu quando deixava o Complexo do Alemão.
As demais vítimas e seu possível envolvimento com crimes ainda estão sendo identificadas.
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