Graves problemas financeiros ??? em decorrência do endividamento e subfinanciamento do Sistema ??nico de Saúde (SUS) ??? são velhos conhecidos das Santas Casas e hospitais filantrópicos em todo o país. A dívida do setor ultrapassa R$ 20 bilhões num cenário que se repete nas instituições do tipo sediadas em Minas Gerais, em constante busca de recursos. Sob os holofotes na corrida eleitoral de 2018 depois de o então candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro ser esfaqueado e passar por cirurgia na instituição, a Santa Casa de Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, atraiu R$ 3.306.269,9 entre aquele ano e 2019.
No fim de 2018, eleitores de Bolsonaro arrecadaram R$ 1.306.269,90 por meio de campanhas nas redes sociais e destinaram a cifra milionária à instituição juiz-forana. O objetivo da ação seria agradecer o atendimento prestado a ele.
Na ocasião, o presidente da instituição hospitalar, Renato Villela Loures,disse que o montante seria destinado à criação de um novo Centro de Terapia Intensiva (CTI), com 10 leitos. Ainda em 2018, Bolsonaro tentou doar sobras de campanha à Santa Casa, mas esbarrou em uma resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que veda a destinação do recurso. Como alternativa ??? e valendo-se do cargo de deputado federal que ocupava ???, ele apresentou uma emenda destinando R$ 2 milhões para o hospital.
Em 2019, o governo federal liberou a emenda parlamentar, em 8 de outubro daquele ano, e os valores foram repassados à prefeitura. A reportagem tentou conferir a destinação dos recursos, mas não obteve resposta do hospital.
A situação geral é de crise, afirma a Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos de MG (Federassantas): ???Há anos, os hospitais filantrópicos vêm enfrentando problemas financeiros devido à falta de uma correta distribuição de recursos para o setor da saúde. Há déficit em relação à estrutura, funcionamento, segurança e qualidade???, disse, em nota.
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