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Mais de 40 procuradores que atuam na área de direitos humanos e fundamentais do Ministério Público Federal enviaram, nesta terça-feira (19/7), ao procurador-geral da República, Augusto Aras, um pedido para investigar o presidente Jair Bolsonaro (PL), por conta dos últimos ataques do chefe do Executivo ao sistema eleitoral.
O documento foi assinado por procuradores dos 26 estados e do Distrito Federal. No texto, acusam Bolsonaro de �??abuso de poder”.
Para eles, o presidente “atacou explicitamente o sistema eleitoral brasileiro, proferindo inverdades contra a estrutura do Poder Judiciário Eleitoral e a democracia brasileira, em clara campanha de desinformação, o que semeia a desconfiança em instituições públicas democráticas, bem como na imprensa livre”.
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�??A conduta do presidente da República afronta e avilta a liberdade democrática, com claro propósito de desestabilizar e desacreditar o processo e as instituições eleitorais e, nesse contexto, encerra, em tese, a prática de ilícitos eleitorais decorrentes do abuso de poder�?�, diz o documento.
Os procuradores ainda apontam que as declarações de Bolsonaro, mesmo sem provas, impactam na sociedade criando uma onda de desinformação. Para eles, essa situação precisa ser �??veementemente combatida�?� porque �??cria narrativas paralelas que tentam formar opiniões com base em manipulação”.
Ataque às urnas
Nessa segunda-feira (18/7), Jair Bolsonaro usou o Palácio da Alvorada e a estrutura do governo a fim de organizar uma apresentação para embaixadores de vários países para, mais uma vez, voltar a levantar suspeitas, já desmentidas por órgãos oficiais sobre as eleições de 2018 e a segurança das urnas eletrônicas.
Ele também aproveitou o evento para atacar o adversário Luiz Inácio Lula da Silva (PT), um dos pré-candidatos à Presidência, e os ministros Edson Fachin, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
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