Ministro quer votação em cédula de papel também

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Brasília �?? O ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, retomou a discussão sobre o voto impresso no Brasil. Em audiência pública na Comissão de Fiscalização e Controle do Senado Federal, ele sugeriu a realização de uma votação paralela em cédulas de papel no dia do pleito. Segundo Nogueira, essa seria uma forma de garantir a integridade das urnas eletrônicas. Na mesma reunião, o ministro também recomendou uma �??auditoria independente�?� com testes nas máquinas no momento da votação e teste público de segurança nas urnas do modelo 2020. Ele afirmou que não existe �??viés político�?� nas sugestões. Segundo o militar, as orientações são baseadas em dados técnicos. �??Não tem viés político. Não tem dúvida, não tem que colocar em xeque ou em dúvida. A aceitação não cabe à gente, cabe ao TSE, que tem suas nuances de logísticas, capacidade, recursos�?�, disse Nogueira.
A audiência foi convocada pelo senador Eduardo Girão (Podemos-CE). O coronel Marcelo Sousa, do Ministério da Defesa, reforçou as recomendações. �??A gente propõe uma pequena alteração no que está estabelecido, sendo coerente com a resolução do TSE. Ela prevê o teste das urnas em condições normais de uso. Como seria esse teste? Urnas seriam escolhidas, só que em vez de levá-las para a sede do Tribunal Regional Eleitoral, essas urnas seriam colocadas em paralelo na seção eleitoral�?�, disse.
�??O eleitor faria sua votação e seria perguntado se ele gostaria de contribuir para testar a urna. Ao fazer isso, ele geraria um fluxo de registro na urna-teste, similar à urna original, e, após isso, os servidores fariam votação em cédulas de papel. Depois dessa votação, ela seria conferida com o boletim de urnas�?�, completou.
O Executivo e o Judiciário vivem um debate acalorado a respeito do papel das Forças Armadas nas eleições deste ano. Durante 26 anos, não houve nenhum questionamento dos militares ao sistema eleitoral brasileiro.
Nesta semana, a Forças Armadas enviaram ofício ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) solicitando dados como boletins de urnas, registro digital do voto e os logs das urnas das eleições de 2014 e 2018. O pedido endossa o comportamento do presidente Jair Bolsonaro (PT), que insiste em atacar o sistema eleitoral brasileiro.

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