Moradores cobram prefeitura de Guaxupé sobre gato retirado de biblioteca

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A retirada de um gato, que vivia na biblioteca de Guaxupé, no Sul de Minas, virou polêmica na cidade. O felino, que atendia pelo nome de Lelo, habitava o local desde 2018, mas a prefeitura tirou o animal do local e não deu detalhes sobre o caso. Moradores questionam a decisão da administração pública. O gato foi levado para um lar temporário. 
De acordo com moradores e frequentadores da Biblioteca Municipal Iracema Elias, o gato é um mascote muito amado e dócil, inclusive algumas pessoas vão até o local apenas para ver o animal. “Ele é vacinado, castrado e não apresenta nenhum risco à população”, afirma Isabelle Simões, frequentadora da biblioteca. 
Ele foi levado para a biblioteca, em 2018, depois que os donos do animal se mudaram da cidade e deixaram o gato na vizinhança. Gisele Cunha, que trabalha perto do local, é uma das pessoas que cuidam do animal desde então. 
 
 
“Eu trabalhava em uma farmácia. Ao lado, tinha uma casa de vestido de noivas. O dono foi embora e disse que não conseguia levar o Lelo. Aí eu comecei a cuidar dele. Dar ração… Mas ele começou a ir para a biblioteca, pois eu o via só em horário de almoço, e antes de entrar para trabalhar, ele gostou da biblioteca porque sempre tinham pessoas”, explica Gisele Cunha, moradora da cidade. 
Só que no fim do mês passado a prefeitura retirou Lelo do local alegando ter recebido uma reclamação. A decisão causou polêmica na cidade.
“Guaxupé, que é uma cidade tão avançada na cultura e no turismo, deveria se envergonhar de permitir um posicionamento tão retrógrado e desprezível como esse, que fere os direitos dos animais. Enquanto cidadãos guaxupeanos assumem a responsabilidade de oferecer cuidados para um animal resgatado das ruas, que vive em seu porto seguro, a biblioteca, a Prefeitura autoriza a retirada de um gato que não causa perigo a ninguém, entregando o mesmo ao abandono e descaso”, publicou Isabelle nas redes sociais. 
 
O gato chegou a ser levado para a casa de um dos funcionários, mas o animal estava muito assustado e chegou a fugir. “Ele me avisou e conseguimos achar o Lelo após três dias. E com isso, trouxemos o gato aqui para minha casa. Mas estamos tentando voltar com ele para a biblioteca”, explica. 
Após a repercussão e polêmica na cidade, uma petição foi criada para que o Lelo volte para a Biblioteca Municipal Iracema Elias. O Estado de Minas entrou em contato com a assessoria de imprensa da prefeitura, que não deu detalhes sobre o caso.

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