‘Imaginei tudo, menos ouvir que fui abusada’, diz vítima de estupro durante o parto

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A mulher estuprada pelo médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra, durante trabalho de parto, falou pela primeira vez sobre o caso (veja aqui). Em entrevista exibida pelo Fantástico na noite deste domingo (14), a vítima disse que, após ter sido violentada, viveu momentos de constrangimento.

 

“Em vez de eu sair pela porta da frente, com meu filho no colo, eu saí pelos fundos do hospital, escondida, com vergonha”, diz a mulher.

 

Acompanhada do seu companheiro, ela disse ainda que soube da situação ainda na sala de parto, logo após dar a luz. A irmã dela foi a portadora da notícia.

 

“O diretor do hospital não deixou eu sair do hospital sem saber. Ela falou: ‘O anestesista abusou de você’. Imaginei tudo, menos que eu ia ouvir isso, que eu fui abusada”, lamentou a mãe.

 

Suspeito de cometer seis outros possíveis estupros, Giovanni Quintella Bezerra está impedido de exercer a medicina enquanto corre, em sigilo, a sindicância aberta pelo Conselho Regional de Medicina. 

 

Por ter curso de ensino superior, o anestesista está preso preventivamente em uma sela individual do Complexo de Bangu, no Rio de Janeiro. Ele está isolado de outros detentos por questão de segurança.

 

De acordo com a reportagem, pelo menos dois advogados desistiram do caso. A pedido do médico, a defesa dele vai ser feita pela Defensoria Pública, que não quis se pronunciar.

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