‘Se não estivéssemos na federação, lançaríamos candidato’, diz presidente do PCdoB-BA

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O caso da escolha do suplente do senador Otto Alencar (PSD) ainda causa confusão na federação formada por PT, PCdoB e PV aqui na Bahia. A escolha do ex-prefeito de Ibotirama, Terence Lessa (PT), não foi bem aceita pelas siglas aliadas, que fizeram críticas abertas à condução das articulações por parte dos petistas (relembre aqui). De acordo com o presidente estadual do PCdoB, Davidson Magalhães, o partido teria lançado uma candidatura própria ao Senado caso não houvesse a obrigação legal de vinculação.

 

“Isso não foi tratado conosco. Esse processo foi atropelado e foi uma das consequências ruins de estar em uma federação. Porque, se não estivéssemos na federação, lançaríamos um candidato, como já fizemos no passado”, afirmou Davidson, na tarde desta segunda-feira (15), em entrevista ao podcast Projeto Prisma.

 

“Nós não temos essa posição de ser uma força auxiliar. Nós temos uma história, um programa e um compromisso histórico que não se confunde com os outros partidos. Do ponto de vista político, em certas circunstâncias, nós nos unimos para fazer certos enfrentamentos, mas nós temos programas distintos”, continuou o presidente estadual do PCdoB.

 

Para Davidson, a federação entre os partidos de centro-esquerda não começou bem na Bahia, devido à ausência de discussões.

 

“Do ponto de vista nacional, está funcionando. A experiência nacional tem sido boa, na elaboração do programa de Lula, na discussão dos rumos da campanha de Lula. Mas a federação aqui, ainda não existe a compreensão de que, para se formar uma federação e se construir um bloco histórico, não é o programa de um se impor aos demais”, criticou.

 

“O processo eleitoral na Bahia começou sempre meio atropelado. O desaguadouro dele foi essa montagem da chapa com a suplência do Senado, que não foi discutida como no passado havia sido discutida”, disse o comunista.

 

Davidson, entretanto, diz acreditar que ainda há tempo para um amadurecimento da relação entre PT, PCdoB e PV, que teriam muito mais concordâncias do que discordâncias políticas.

 

“Claro que, nesta conjuntura, nesta atual etapa histórica, nós temos muito mais pontos de convergência do que divergência. Por isso, formou a federação. Ainda haverá amadurecimento. A gente ainda vai chegar a um nível em que chegaram outras conjugações de forças”, finalizou.

 

PT, PCdoB e PV formam, no dia 24 de junho, a federação “Brasil da Esperança” (relembre aqui). De acordo com a legislação eleitoral, os três partidos devem seguir atuando juntos pelos próximos quatro anos, incluindo as eleições municipais de 2024.

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