Varíola dos macacos: governo de Minas notifica 14 novos casos

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O governo de Minas notificou nesta segunda-feira  (1/8) 14 novos casos de varíola dos macacos. Conforme boletim epidemiológico, que reúne dados coletados até meio-dia, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) contabiliza 63 infecções por monkeypox confirmadas por exames laboratoriais feitos na Fundação Ezequiel Dias (Funed). Além disso, outros 107 casos foram descartados, 142 estão em investigação e dois foram classificados como provável infecção. 
 
Conforme a SES-MG, os infectados são do sexo masculino, com idades que variam entre 21 e 55 anos, e ???estão em boas condições clínicas???. Três pacientes estão hospitalizados ???para cumprir isolamento???, segundo a secretaria. 
 

Somente Belo Horizonte apresenta transmissão comunitária. Nesse sentido, dos 63 infectados, 44 foram notificados na capital em pessoas que estavam no exterior. Com o maior número de contaminados, Santa Luzia tem cinco pessoas infectadas pelo vírus. 
 
Já as cidades de Governador Valadares, Ribeirão das Neves e Sete Lagoas têm dois casos confirmados cada. Com apenas um contaminado estão Cataguases, Contagem, Janauba, Juiz de Fora, Mariana, Poços de Caldas, Pouso Alegre e Teófilo Otoni. 
 

Primeira morte por varíola em Minas

 
Na última sexta-feira (29/7) foi confirmada a primeira morte por varíola dos macacos. A vítima é um homem que morava em Belo Horizonte e estava internado em um hospital da capital. Ele era natural da Pará de Minas, na Região Central do estado. Segundo o Ministério da Saúde, a vítima tinha 41 anos e baixa imunidade, incluindo câncer. Um choque séptico, agravado pelo vírus, foi a causa da morte, segundo a pasta. 
 

Sintomas e transmissão da varíola

 
Considerada uma zoonose viral, o vírus monkeypox é transmitido aos seres humanos a partir de animais. De acordo com o Instituto Butantan, a transmissão secundária, de pessoa para pessoa, ocorre por contato próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama.
 
Segundo relata a OMS, o contágio entre humanos está ocorrendo entre pessoas em contato físico com casos sintomáticos.
 
O Instituto Butantan destaca que os sintomas são muito semelhantes aos observados em pacientes com varíola, embora seja clinicamente menos grave.
 
Logo, os primeiros sinais são febre, dores na cabeça e no corpo e aumento dos linfonodos (conhecidos também como ínguas), calafrios e exaustão. O período de incubação é, geralmente, de seis a 13 dias, mas pode variar de cinco a 21 dias, segundo OMS.
 
LEIA TAMB??M – Varíola dos macacos: o que é a transmissão comunitária e como se prevenir
 
???Basta um contato próximo com quem tem lesões na pele contendo o vírus ou secreções da pessoa infectada para se infectar. O vírus é bastante resistente, principalmente à dessecação [secura extrema]???, explica a diretora do laboratório de virologia do Butantan, Viviane Botosso.
 
Ainda conforme a OMS, existem duas linhagens do vírus, com diferentes níveis de gravidade: as infecções humanas com a da África Ocidental parecem causar doenças menos graves em comparação à da Bacia do Congo. 
 
SAIBA MAIS – Varíola dos macacos: sintomas e prevenção

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