Memória: morte de cães em BH por monoetilenoglicol reaviva caso Backer

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A perícia da Polícia Civil confirmou, nesta sexta-feira (2/9), que a substância tóxica encontrada em petiscos que causaram a morte de dez cachorros em Minas Gerais e São Paulo é a mesma que foi encontrada no caso da cervejaria Backer, o monoetilenoglicol. 

A contaminação nas cervejas da Backer se tornou de conhecimento público no começo de 2020, quando a Polícia Civil iniciou uma investigação sobre internação de pessoas após o consumo da cerveja Belorizontina, com sintomas de intoxicação. Ao todo, 10 pessoas morreram intoxicadas e 19 ficaram com sequelas após a contaminação. 
Leia: Monoetilenoglicol: substância que matou cachorros é a mesma do caso Backer

Quando ingerido, o composto químico pode provocar intoxicação com sintomas como insuficiência renal e problemas neurológicos, era utilizado para agilizar o processo de resfriamento da cerveja, mas não deveria ter contato direto com o líquido. 

Leia: Ingestão de um grama de dietilenoglicol por quilo pode ser letal

Segundo as investigações, a contaminação das cervejas por monoetilenoglicol e dietilenoglicol ocorreu devido a um vazamento no tanque da fábrica. Em outubro daquele mesmo ano, 11 pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público.

Leia: 

Caso Backer: depois de 926 dias, vítima de contaminação volta ao trabalho
Para o MP, os três sócios-proprietários da empresa assumiram o risco de produzir bebidas alcoólicas adulteradas ao adquirirem uma substância considerada imprópria na indústria alimentícia. Mais outros nove funcionários foram indiciados por fabricarem produtos sabendo que poderiam estar adulterados.
Leia: Caso Backer: vítimas intoxicadas lamentam reabertura de cervejaria

Suspensa desde 2020, a fábrica da cervejaria, que hoje se chama Três Lobos, obteve permissão para voltar a funcionar em abril deste ano. Enquanto isso, o processo ainda corre na Justiça, e os sobreviventes ainda aguardam pela indenização.
*Estagiário sob supervisão do editor João Renato Faria

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