Promotora assassinada: ex-marido é condenado a 24 anos de prisão

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O ex-marido de Lílian Hermógenes, promotora do Ministério Público de Contagem que foi assassinada em 2016, foi condenado a 24 anos de prisão.

Artur Campos Resende poderá recorrer em liberdade. O julgamento dele e dos outros dois réus, Alisson Caldeira de Oliveira e  Thiago Rodrigues dos Santos, que foram contratados por Resende para matar Lílian começou na quarta-feira (28) e terminou às 5h50 de hoje (30/9). 

 

Confira as sentenças completas: 

  • Arthur Campos Rezende foi condenado por homicídio triplamente qualificado, roubo duplamente majorado e por fraude processual majorada. As três qualificadoras foram: mediante paga ou promessa de recompensa ou por motivo torpe; à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa da vítima; e contra a mulher por razões da condição de sexo feminino. A pena total fixada foi de 24 anos, dois meses e 20 dias de reclusão (regime inicial fechado para o cumprimento dessa pena) e seis meses de detenção (essa pena em regime aberto). Foi dado ao réu Artur o direito de recorrer em liberdade.
  • Alisson Caldeira de Oliveira foi condenado por homicídio qualificado (qualificadora de à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa da vítima); roubo duplamente majorado; e fraude processual majorada. A pena total fixada foi de 23 anos e quatro meses de reclusão (regime inicial fechado para o cumprimento dessa pena) e oito meses e 16 dias de detenção (essa pena em regime semiaberto). Ao réu Alisson, que já estava preso cautelarmente, não foi dado o direito de recorrer em liberdade.
  • Thiago Rodrigues dos Santos foi absolvido

Relembre o caso 

No dia 23 de agosto de 2016, Lílian Hermógenes da Silva de 44 anos, foi assassinada a tiros em uma emboscada, armada pelo ex-marido, Arthur Campos Rezende, de 49 anos. 

 

O crime aconteceu no cruzamento da Avenida General David Sarnoff com rua Joaquim Laran, no Bairro Jardim Industrial, em Contagem, Região Metropolitana de Belo Horizonte. A promotora foi assassinada a caminho do trabalho. 

 

De acordo com as investigações, o homem não aceitava o fim do relacionamento e estava interessado em receber a pensão em caso de morte da ex-companheira.

 

O caso teve grande repercussão porque Lílian tinha medida protetiva contra o ex-marido e era servidora de Defesa de Direito das Mulheres do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). 

 

*Estagiária sob supervisão da subeditora Jociane Morais   

 

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