Viola Davis brilha em ‘A Mulher Rei’, que mostra importância de representatividade

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Viola Davis, aos 57 anos, é uma das grandes estrelas do cinema contemporâneo e podemos assegurar que será uma dessas divas eternas. Prêmios não são necessários para atestar o talento de ninguém, todos sabemos. Mas Viola tem um feito que basta para mostrar a sua grandeza: é a primeira atriz negra a obter a Tríplice Coroa de Atuação, depois de ter conquistado o Oscar no cinema, o Emmy na televisão e o Tony no teatro.

Com tanto prestígio, a estrela se tornou também uma das artistas mais engajadas em questões raciais e feministas em Hollywood. E o novo filme de Viola, A Mulher Rei, que estreia hoje, está aí pra confirmar isso. Além de interpretar a protagonista, a atriz é também produtora do longa-metragem, um épico dramático e de ação que custou US$50 milhões e arrecadou em seu fim de semana de estreia nos EUA US$ 19 milhões, alcançando o topo do ranking. A cifra supera em 50% a arrecadação que era projetada pelo mercado.

A Mulher Rei é a história de um grupo de guerreiras negras que vivem no reino de Daomé – atual Benin – e tem o dever de proteger a terra e o rei contra invasores. O exército exclusivamente feminino é conhecido como Agojie e realmente existiu entre o fim do século XVII e o fim do século XIX. Viola vive Nanisca, que é a general do seu grupo e treina as companheiras para lutar especialmente contra o Império Oyó, principal adversário político do Daomé. A economia do reino dependia do tráfico internacional de escravizados e em alguns momentos há referências ao Brasil, além de personagens que falam português.

A atriz esteve no Brasil nesta semana, acompanhada de Julius Tennon, outro produtor do filme e também marido dela. Os dois participaram de uma coletiva de imprensa online que o CORREIO acompanhou e fizeram questão de ressaltar a importância da representatividade que traz um filme com elenco quase exclusivamente negro e feminino.

“�? importante ter personagens como as do filme porque a arte imita a vida, e precisamos saber que elas também são mulheres. As pessoas não nos verem não é mais aceitável”, disse Viola.

Tennon observou as dificuldades que teve em sete anos até que o filme ficasse pronto e ressaltou que atores e diretores afrodescendentes ainda têm poucas oportunidades em Hollywood. A diretora Gina Prince-Bythewood, a mesma de Old Guard (da Netflix) também é negra.

Com muitas cenas de luta, o elenco precisou passar por uma dura preparação, que incluía em torno de cinco horas diárias. E o resultado está estampado na silhueta de Viola, incrivelmente musculosa. Para obter o resultado, o elenco começou a treinar meses antes do início das filmagens.

Além do treinamento, havia um programa especial de nutrição e a quantidade ingerida de alimentos era muito maior que a habitual: cinco refeições por dia com muita proteína e baixo teor de carboidratos.

�??Quando comecei aquilo, pensei: �??De jeito nenhum, eu vou sobreviver a isso’�?�, diz Viola Davis. �??Eu estava com 56 anos. Todas as outras garotas estão na casa dos 30�?�.

E o investimento de sete anos deu resultado: A Mulher Rei é um importantíssimo marco para a representatividade negra e feminina nas telas, como Pantera Negra foi há quatro anos e traz elementos muito ricos da cultura afro, como a trilha sonora, a maquiagem, penteados e cânticos de guerra. As cenas de batalha não são muito diferentes do que já se viu em muitos filmes épicos e de heróis recentes. Mas sua maior virtude talvez seja mesmo trazer a história contada sob um ponto de vista dos negros, ao qual não estamos habituados.

Em cartaz no Metha Glauber Rocha; UCI Shopping da Bahia, Barra e Paralela; Cinépolis Bela Vista, Salvador Norte e Parque Shopping da Bahia e Cinemark Salvador Shopping

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