Governo federal deve cerca de R$ 500 milhões à Bahia, afirma Rui Costa

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O governador Rui Costa (PT) afirmou, na tarde desta quinta-feira (3), que o governo federal deve cerca de R$ 500 milhões à Bahia, devido a obras assinadas pela gestão de Jair Bolsonaro (PL) que acabaram assumidas financeiramente pela administração estadual. Antes, o governador eleito Jerônimo Rodrigues (PT) havia dito que o débito chegava a R$ 1 bilhão.

 

“Não sei a que ele se referiu com R$ 1 bilhão. Não sei se é dívida de projetos que ele [Bolsonaro] cancelou e a gente fez com recursos próprios. Isso aí, provavelmente, chega a R$ 1 bilhão. Mas dívida, que pode ser escriturada como dívida mesmo, estamos na ordem de R$ 500 milhões. O que é essa dívida? Por exemplo: não sei se pagou recentemente, mas até outro dia tinha dívida do metrô ainda”, afirmou Rui.

 

Para o governador baiano, o governo Bolsonaro não pagou por obras na Bahia com uma motivação política. Como exemplo, Rui utilizou as construções das avenidas Gal Costa e 29 de Março, em Salvador.

 

“Temos dívidas, com certeza, da Gal Costa, da 29 de Março, de obras de água. São recursos que eles não pagam. Ficam, na minha opinião, utilizando de detalhes técnicos para justificar uma medida política, que é não pagar. Esses valores são substantivos e chegam a quase R$ 500 milhões”, disse o governador.

 

Rui citou ainda o exemplo das obras que duplicaram a ligação entre os municípios de Ilhéus e Itabuna, no sul da Bahia. O empreendimento, inicialmente, seria feito pelo governo federal, responsável pela rodovia, mas terminou sendo realizado pela gestão estadual.

 

“E obras outras – talvez seja isso que Jerônimo esteja somando – que eles cancelaram e eu tomei a decisão de fazer. Por exemplo: a duplicação da ligação Ilhéus-Itabuna. Ali é uma BR, o governo [federal] ficou enrolando, cancelou e não fez. Eu tomei a decisão de substituir a fonte de recurso. Em vez de ser fonte de recurso federal, eu botei fonte de recurso do estado. Só aquela obra ali dá R$ 160 milhões”, relatou Rui.

 

“Não é uma dívida formal, porque eles cancelaram. Não é algo que o contrato estava em vigor. É diferente do que é a 29 de Março e a Gal Costa, que a gente tem um contrato com o governo federal. A obra foi executada já, pagamos com o dinheiro do estado para que não fosse paralisada, e eles não pagaram ao governo do estado. Então, de dívida mesmo real, com contrato assinado, é cerca de R$ 500 milhões”, concluiu.

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