Família de homem morto na maternidade não procurou por corpo no IML

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O corpo de Luís Henrique Santos Miranda, 40 anos, morto na tarde de domingo (13) dentro da Maternidade Climério de Oliveira, no bairro Nazaré, em Salvador, permanece no Instituto Médico Legal Nina Rodrigues (IMLNR). De acordo com funcionários do instituto, a necropsia do corpo começou a ser feita às 8h30 e foi concluída no início da tarde, por volta de 12h30. Contudo, até as 16h desta segunda-feira (14), nenhum familiar compareceu ao local para fazer reconhecimento da vítima.

Procurada para informar sobre o avanço das investigações, a Polícia Civil disse que os desdobramentos não serão divulgados. Já a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), que administra a maternidade, informou que as atualizações sobre o caso dependem agora da investigação policial, que está sendo feita pela Polícia Civil. Pela manhã, a EBSERH divulgou uma nota relatando o ocorrido e comunicando o pedido de reforço do policiamento no local. 

Relembre o caso
A vítima estava na portaria do hospital por volta das 15h30 deste domingo (13), para visitar uma adolescente de 14 anos e sua filha recém-nascida, quando três homens armados chegaram, mandaram as pessoas saírem de perto e fizeram dezenas de disparos usando uma metralhadora. 

Segundo testemunhas, foram mais de 50 tiros. Houve pânico e correria no local. “A maternidade está cheia. Fomos correndo para o banheiro. Ouvi mais de 50 tiros de metralhadora. Tentei acalmar as enfermeiras. Todo mundo muito nervoso”, disse um homem que estava no local com a esposa e seu bebê.

As polícias Militar e Civil foram até à Maternidade, mas os bandidos já tinham fugido. Segundo policiais que trabalhavam na ocorrência, havia muitos projéteis no chão onde o corpo foi retirado.

Informações preliminares apontam que a vítima tinha envolvimento com o tráfico de drogas. A polícia não encontrou arma com Luís Henrique. Também não há confirmação de que o grupo tenha levado alguma arma dele. A autoria e a motivação do crime serão investigadas pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Em nota, a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), que administra a maternidade, informou que homens armados invadiram a instituição, renderam a equipe da portaria, e efetuaram disparos contra um homem que estava na área externa da maternidade e morreu no local. Nenhum profissional, paciente ou outros visitantes foram machucados. “A Maternidade Climério de Oliveira prestou o acolhimento e atendimento necessários às pessoas que estavam na instituição e está à disposição das autoridades”, diz o texto.

*Com orientação de Monique Lôbo

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