Aulas em escola vandalizada em Contagem estão suspensas até quinta-feira

Publicado:

As aulas na Escola Municipal José Silvino Diniz, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, estão suspensas até esta quinta-feira (1/12). Na madrugada de ontem (29/11), a instituição de ensino foi invadida e pichada com frases e símbolos neonazistas. 
A prefeita da cidade, Marília Campos (PT), já tinha informado  pelas redes sociais nessa terça-feira, que as aulas estariam canceladas até que a prefeitura conseguisse uma reunião com a comunidade. 
Na manhã de hoje, a prefeitura convocou um encontro de urgência com o Ministério Público e representantes das polícias Civil e Militar, Guarda Municipal, secretarias de Defesa Social e Procuradoria Geral do Município. A reunião, às 14h, pretende pensar ações para conter ataques e ameaças às escolas de Contagem, evitando assim que se generalizem.

  • Leia também: Escola de Contagem é invadida e pichada com frases e símbolos neonazistas 
Outra instituição alvo de vandalismo na madrugada de terça foi a Escola Municipal Professora Maria Martins, “Mariinha”, no Bairro Tropical. Apesar de forçarem a entrada em vários lugares, os criminosos não conseguiram entrar no local. A escola amanheceu com vidros e câmeras quebrados. 
Ao contrário da Escola Municipal José Silvino Diniz, as aulas não foram suspensas na instituição, segundo informações da prefeitura. Como ficam a 5 km de distância, a polícia investiga se os ataques foram feitos pelo mesmo grupo. 
Em função do jogo da Seleção Brasileira contra Camarões na sexta-feira (2/12), às 16h, pela Copa do Mundo 2022, no Catar, as escolas da rede municipal poderão decidir se manterão as aulas do dia. 

Entenda o caso

Na madrugada de ontem, a escola da rede municipal foi invadida e vandalizada. Quando professores e funcionários chegaram no local, encontraram cadeiras e vidros de janelas quebrados, vasos de planta revirados, pichações de suástica, símbolo do nazismo, e o nome Hitler nas paredes. 
Uma exposição feita por alunos para o Dia da Consciência Negra (20 de novembro) também foi destruída. A destruição na instituição de ensino tinha ainda referências a um jogo de videogame em que o personagem principal violenta colegas e funcionários da escola. Os criminosos do ato de ontem deixaram nas paredes citações à diretora e uma profesora do 9º ano.

  • Leia mais: Prefeita de Contagem promete punição após ataque neonazista em escola
A Polícia Civil informou que a perícia foi acionada para realizar os trabalhos de praxe que irão subsidiar a investigação, a cargo da 3ª Delegacia de Polícia Civil do município.
A Guarda Municipal destacou que irá intensificar o patrulhamento noturno nos arredores da instituição. “A escola já tem toda uma dinâmica no período diurno. Intensificaremos à noite”, declarou o comandante da corporação, Wedisson Luiz.

Comentários Facebook

Compartilhe esse artigo:

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Onde a morte não é o fim da vida

  O Museu de Ciências Morfológicas (MCM) da UFMG é responsável pela extensão entre o estudo de células, embriões, tecidos e anatomia com toda a comunidade da capital. Fundado há 27 anos pela professora Maria das Graças Ribeiro, o museu é focado no ser humano, com a maioria da exposição sendo composta por materiais reais.

Chuva: Sete Lagoas registra alagamentos e pessoas desalojadas

O município de Sete Lagoas, na Região Metropolitana de BH, foi atingido por fortes chuvas no fim da tarde desta terça-feira (31/10). Há registro de moradores desalojados e alagamento em muitas avenidas. Segundo o Corpo de Bombeiros, uma pessoa chegou a ficar ilhada, porém, conseguiu sair do local sozinha.  Cerca de dez casas, localizadas no

Médico é preso por crime sexual no interior de Minas Gerais

Portal Gerais* Um médico, de 37 anos, foi preso em Divinópolis, no Centro-Oeste de Minas, nesta terça-feira (31/10), suspeito de crime sexual ocorrido em Nova Serrana. Mandados de busca e apreensão também foram cumpridos. Conforme o delegado responsável pelo caso, Diógenes Caldas, as investigações tiveram início em maio deste ano. Uma paciente procurou a polícia