Após um ano, a conclusão da investigação sobre a morte da cantora Marília Mendonça em um desastre aéreo ainda depende do fechamento do laudo técnico da aeronave. A Polícia Civil, no entanto, não descarta a possibilidade de falha humana no acidente.
As investigações apontam que o piloto executou uma manobra fora dos padrões para o tráfego aéreo em Caratinga. “Quando ele sai da rede de proteção do Notam, documento que orienta obstáculos e alterações nas operações aéreas, qualquer manobra é de responsabilidade do piloto”, afirmou o delegado Ivan Lopes Sales, responsável pela investigação, em coletiva de imprensa na manhã desta sexta-feira (4/11).
A Polícia Civil aguarda a conclusão das apurações do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) que irá determinar se houve ou não defeito na aeronave. “Se descartado qualquer falha de motores, a gente consegue caminhar para a conclusão de uma falha humana”, aponta o delegado.
O acidente
A morte da Rainha da Sofrência, como era chamada a artista que, aos 26 anos, sofreu o acidente fatal junto a outros quatro tripulantes da aeronave, comoveu o país. A queda ocorreu a apenas 4 quilômetros do aeroporto de Caratinga, onde Marília Mendonça faria show no mesmo dia.
O avião que levava a artista e parte da equipe saiu do Aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia, às 13h02. Os primeiros chamados para o Corpo de Bombeiros dão conta que a aeronave caiu por volta das 15h30, após quase duas horas e meia de voo. A queda ocorreu em um curso d’água, próximo ao acesso pela BR-474.
Além da cantora, a queda do avião causou a morte do produtor Henrique Ribeiro, do assessor Abicieli Silveira Dias Filho, do piloto Geraldo Martins de Medeiros e do co-piloto Tarciso Pessoa Viana.
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