“Nós vamos propor acabar com essa ideia de privatizar os Correios”, afirma ex-ministro Paulo Bernardo

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O ex-ministro do Planejamento e Comunicações, Paulo Bernardo, afirmou na tarde desta sexta-feira (18) que vai recomendar ao presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que irá propor a retirada dos Correios do processo de privatização. Bernardo faz parte do grupo técnico de Comunicações na equipe de transição governo eleito.

 

A declaração foi dada na sede do gabinete de transição, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília.

 

“Nós não podemos decidir nada sobre isso, isso aqui é uma equipe de transição. Vamos fazer um levantamento e vamos recomendar, a nossa ideia é recomendar tirar, acabar com essa ideia de privatizar os correios. Acho que eu poderia dizer até que a gente mais ou menos antevê o que o presidente [eleito Luiz Inácio Lula da Silva] pensa sobre isso”, disse o ex-ministro.

 

Para ele, essa seria uma das prioridades para área no governo de Lula e que isso deve ser feito feito “logo na saída” do governo atual, de Jair Bolsonaro (PL), ou seja, a partir de janeiro de 2023.

 

O projeto de lei que dá abertura para o início da privatização dos Correios foi aprovado pela Câmara dos Deputados em agosto deste ano. A ação era uma das principais apostas do ministro da Economia, Paulo Guedes, que apostava nas privatizações de empresas públicas como uma das principais soluções para conter a crise fiscal no país, agravada pela pandemia da Covid-19.

 

FUSÃO TV BRASIL E NBR

Outra questão que está sendo trabalhada pelo grupo de comunicações da equipe de transição é em relação a fusão da EBC, com a antiga NBR, que foi feita por meio de um decreto do presidente Bolsonaro. Com a medida, a TV Brasil, que unificou os canais, é subordinada à Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

 

“A EBC tinha uma vertente que é a TV pública, a EBC, e tinha a vertente que é a comunicação do governo, a chamada NBR, aí foi tudo juntado, e eles pararam de ter essa separação e foi juntado num único, numa única empresa. Nós achamos que tem que separar também”, afirmou Paulo Bernardo. Por se tratar de decreto, o ex-ministro acredita que só vai precisar de revogação.

 

Questionado se esse seria o único ato para revogação, o ex-ministro disse que não, mas não sabe dizer ainda quais seriam os outro, pois dependerá das informações contidas no relatório entregue pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

 

“Nós recebemos com recomendação de olharmos com bastante atenção o que se refere a nossa área. Então nós já começamos a olhar pra ver que tipo de providência eles estão recomendando e como é que nós vamos tratá-la para fazer a recomendação pro governo. E pode ter alguma coisa nesse sentido também”, avaliou.

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