Greve dos aeronautas entra no terceiro dia sem negociação entre sindicato e empresas

Publicado:


Categoria pede mais transparência nas escalas dos trabalhadores, além de reajuste salarial para recuperação inflacionária e aumento real

Foto: RENATO S. CERQUEIRA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Greve dos comissários e pilotos entra no terceiro dia no aeroporto de Congonhas, na cidade de São Paulo

Greve dos comissários e pilotos entra no terceiro dia no aeroporto de Congonhas, na cidade de São Paulo

A greve dos aeronautas, que inclui pilotos de avião e comissários de bordo, entra no seu terceiro dia nesta quarta-feira, 21, seguindo as determinações da justiça, que permite paralisar apenas 10% do contingente em todo o Brasil, e o combinado pelo Sindicato Nacional da categoria, de executar a ação apenas das 6 às 8 horas da manhã. O presidente do sindicato, Henrique Hacklaender, afirmou que, até o momento, nenhuma reunião foi realizada entre a categoria e as empresas de aviação. A categoria pede mais transparência nas escalas dos trabalhadores, além de reajuste salarial para recuperação inflacionária e aumento real. Segundo o sindicato, houve uma corrosão salarial de 10% nos últimos dois anos. Somente nesta quarta, no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, um dos nove onde ocorre a paralisação, foram registrados três atrasos de voos para o Rio de Janeiro, dentre os quais um foi provocado pela greve e os demais por problemas meteorológicos, e oito cancelamentos. Desde o início da semana, a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) contabilizou 28 atrasos em voos no terminal paulista. Além de Congonhas, outros oito aeroportos recebem ações dos aeronautas, em seis cidades: São Paulo (Guarulhos e Viracopos), Rio de Janeiro (Galeão e Santos Dumont), Porto Alegre, Brasília, Confins e Fortaleza.

Procon afirma que as companhias aéreas devem prestar assistência aos passageiros para minimizar os prejuízos. A instituição de defesa do consumidor recomenda ainda que, antes de se dirigirem aos aeroportos onde ocorrem as paralisações, que o cliente entre em contato com a companhia aérea para verificar a situação do voo. Para quem já estiver no aeroporto quando receber a notícia de atraso ou cancelamento, o Procon ainda diz que é possível guardar os comprovantes de gastos decorrentes da situação, como ligações, refeições, hospedagem e outros gastos, para tentativa de reembolso. Ainda segundo o Procon, em caso de cancelamentos, o passageiro possui alguns direitos: aviso prévio nos canais de comunicação; prioridade no próximo embarque com mesmo destino; direcionamento para outra companhia sem custos adicionais; hospedagem em hotel por conta da empresa; ressarcimento do valor da passagem.

*Com informações do repórter João Victor Rocha

Facebook Comments

Compartilhe esse artigo:

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Jovem de 26 anos morre em incêndio em apartamento no Brooklin

Uma mulher de 26 anos morreu em um incêndio em um apartamento no Brooklin, na zona sul de São Paulo, na noite do...

Desabamento de imóvel deixa dois mortos e feridos em Olinda

Na manhã deste domingo (19), um desabamento de imóvel no bairro de Ouro Preto, em Olinda, Pernambuco, resultou na morte de duas pessoas...

Falha na proteção de subestação pode ter levado à desconexão da região Sul no dia 14, diz ONS

Uma falha na proteção da Subestação Baterias, no dia 14 de outubro, pode ter causado a desconexão da região Sul do Sistema Interligado...