Relatório final sobre ataque ao Capitólio conclui que Trump não deveria voltar a cargos públicos

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Investigação recomenda legislar para que o ex-presidente dos EUA e outros que ‘participaram da insurreição’ fiquem proibidos de assumir posições, ‘sejam federais ou estaduais, civis ou militares’

MANDEL NGAN / AFP

Relatório aponta que Donald Trump não deveria voltar a cargos públicos

Um relatório do comitê legislativo, resultado de 18 meses de trabalho que rendeu 800 páginas em uma investigação sobre a invasão ao Capitólio, que aconteceu em janeiro de 2021, concluiu que o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não deveria poder voltar a ocupar cargos públicos. “Nosso país foi longe demais para permitir que um presidente derrotado se transforme em um tirano exitoso, transtornando nossas instituições democráticas (e) fomentando a violência”, diz o presidente do painel, Bennie Thompson, na introdução do relatório publicado na noite de quinta-feira, 23. Vale lembrar que o empresário já anunciou sua candidatura para às eleições presidenciais de 2024. Mais de mil pessoas foram ouvidas durante as investigações para estabelecer a causa principal do ataque, pelo qual culparam diretamente o bilionário republicano. Ele é duramente criticado por: estimular a revolta de seus seguidores, falhar ao tentar frear o ataque, fazer alegações falsas e cometer crimes de conspiração e insurreição.

O documento recomenda legislar para que Trump e outros que “participaram da insurreição” não possam ocupar cargos públicos, “sejam federais ou estaduais, civis ou militares”. Em sua última reunião pública na segunda-feira, 20, o painel recomendou ao Departamento de Justiça apresentar acusações penais contra Trump por quatro possíveis crimes: obstrução da justiça, conspiração para fraudar os Estados Unidos, declarações falsas ao governo e incitar à insurreição. O painel começou a apresentar evidências ao procurador independente Jack Smith, que supervisiona as investigações federais sobre o papel de Trump nos distúrbios e sua gestão dos documentos governamentais sigilosos, armazenados indevidamente em sua casa na Flórida. Contudo, há dúvidas se as recomendações vão ser adotadas, visto que o partido do ex-presidente se opôs a cada passo da investigação e a mudança legislativa de janeiro, quando os republicanos terão maioria.

*Com informações da AFP

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