Editorial do grupo Jovem Pan

Publicado:


A Jovem Pan não faz coro e não endossa qualquer lampejo golpista, ato de violência ou o uso retórico irresponsável de instrumentos constitucionais

Divulgação/Jovem Pan

A Jovem Pan nunca vai apoiar qualquer manifestação que caminhe na direção do enfraquecimento ou da destruição de nossas instituições

O próximo dia 1º de janeiro abrirá mais um capítulo na história da nossa República. Um novo governo tomará posse, e, nos termos do artigo 78 da Constituição de 1988, estabelecerá o compromisso de “manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro, sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil”. O juramento que será feito pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva é um compromisso firmado publicamente diante do povo, e o lembrete de que é dever de todos os brasileiros manter, defender e cumprir a Constituição.

Ainda que visões políticas e ideológicas dissonantes tenham dividido a população em lados opostos, é crucial que todos entendam que essas divergências — e principalmente a possibilidade de que elas sejam cultivadas — são pilares fundamentais da democracia. Não podemos nem devemos ignorar o óbvio e imaginar que todos, da noite para o dia, vão convergir, mas é imprescindível que essa divergência seja mantida no campo das ideias e do respeito às instituições e à Constituição.

Não há espaço para ameaças, para violência ou para que se coloque sob suspeita a realização da transição de governo, que seguramente acontecerá no próximo domingo. Se há divergências, que estas sejam discutidas no mais alto nível, de forma propositiva e com argumentos que se sustentem pela clareza e pelo caráter técnico. É por isso que a Jovem Pan, há décadas, abre espaço para o mais amplo debate em seus jornais e programas. Porque entendemos que as cores que compõem a nossa democracia vão muito além do verde, do amarelo e do vermelho. Porque acreditamos que as ideias vão se somar e nos permitir construir, inclusive por meio da divergência, um país melhor e uma democracia ainda mais forte.

É preciso, nestes tempos em que a verdade se decompõe com a truculência de uma publicação falsa em rede social, reforçar o óbvio e dizer que a Jovem Pan não faz coro e não endossa qualquer lampejo golpista, ato de violência ou o uso retórico irresponsável de instrumentos constitucionais como o artigo 142 da Constituição. A Jovem Pan nunca vai apoiar qualquer manifestação que caminhe na direção do enfraquecimento ou da destruição de nossas instituições. Somos defensores do direito de discordar e vamos exercer o papel de críticos sempre que necessário.

Comentários Facebook

spot_img

Compartilhe esse artigo:

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Polícia apreende fuzil AK-47 e pistola 9 mm que podem ter sido usadas em execução no Aeroporto de Guarulhos

Uma operação da Polícia Militar de São Paulo resultou na apreensão de um fuzil AK-47 e uma pistola 9 mm, armamentos que podem estar...

Quem é o delator do PCC que foi assassinado no Aeroporto de Guarulhos

Antonio Vinicius Lopes Gritzbach, um empresário que se tornou delator em uma investigação sobre lavagem de dinheiro ligada ao Primeiro Comando da Capital (PCC),...