Homem que matou três pessoas em atentado em Paris afirma que agiu por racismo

Publicado em

Tempo estimado de leitura: < 1 minuto

Ataque foi realizado em reduto curdo na capital francesa; suspeito é um condutor de trem aposentado de nacionalidade francesa

Thomas Samson/AFP

Manifestantes protestam em Paris no local onde houve um ataque a pessoas de origem curda

O homem de 69 anos acusado de matar três pessoas na sexta-feira perto de um centro cultural curdo de Paris afirmou a um policial que abriu fogo no local por racismo. O ataque aconteceu pouco antes do meio-dia na rua Enghien, perto de um estabelecimento cultural curdo, em um bairro com muitos bares, estabelecimentos comerciais e moradores desta comunidade, em pleno centro da capital francesa. O suspeito, um condutor de trem aposentado de nacionalidade francesa e foi paralisado por várias pessoas antes da intervenção da polícia, assumiu-se “racista” — e mostrou certo orgulho por isso. A polícia o investiga por assassinato, tentativa de assassinato, violência com arma e violações de cunho racista da legislação de armas, uma “circunstância que não altera a pena máxima” pela qual o suspeito está exposto, “que continua sendo a prisão perpétua”, afirmou o Ministério Público.

O homem foi detido com “uma maleta com dois ou três carregadores repletos, uma caixa de cartuchos calibre 45 com pelo menos 25 cartuchos dentro”, segundo a mesma fonte. O ataque matou uma mulher e dois homens e deixou três feridos, um deles em estado grave. A mulher que morreu no ataque, Emine Kara, era uma líder do Movimento das Mulheres Curdas na França, segundo o Conselho Democrático Curdo da França (CDK-F). Ela havia solicitado asilo político, mas o pedido foi rejeitado. Os dois homens mortos são Abdulrahman Kizil, “um cidadão curdo comum”, e Mir Perwer, artista curdo, refugiado político, que era “perseguido na Turquia por sua arte”, segundo o CDK-F.

*Com informações da AFP

Que você achou desse assunto?

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

- Publicidade -

ASSUNTOS RELACIONADOS

Polícia prende ao menos 300 manifestantes pró-palestina em universidades de Nova York

Ao menos 300 pessoas foram presas nesta quarta-feira (1) em uma intervenção policial contra manifestantes em universidades de Nova York, Estados Unidos, como Columbia, o coração dos protestos pró-palestina que se espalharam pelos Estados Unidos, anunciou o prefeito da cidade, acusando pessoas de fora de quererem semear o “caos”. “Aproximadamente 300 pessoas foram presas na Universidade

Reino Unido começa a deter migrantes que serão deportados para Ruanda

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - As autoridades britânicas começaram a deter migrantes para enviá-los para Ruanda nas próximas semanas, informou o governo na quarta-feira, preparando o terreno para iniciar a política de imigração principal do primeiro-ministro Rishi Sunak. Na terça-feira passada, o Parlamento britânico aprovou uma lei que permite expulsar para Ruanda migrantes que chegaram

Manifestantes de diversas partes do mundo exigem melhores condições de trabalho durante eventos de 1º de Maio

Trabalhadores de várias partes do mundo foram às ruas nesta quarta-feira (1) para exigir melhores condições trabalhistas e redução da jornada de trabalho.  Cuba, França, Argentina, Espanha, Turquia e Bangladesh, foram alguns dos países de registraram protestos. Aqui na América do Sul, Sob o lema: “A Pátria não está à venda”, a Confederação Geral do