Human Rights Watch cobra investigação por mortes de manifestantes no Peru

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Pelo menos 27 pessoas morreram em diversos pontos do país, incluindo cinco menores de idade, nos atos que pedem renúncia de Dina Boluarte

EFE/ Aldair Mejía

manifestações no Peru

Manifestações no Peru tomaram proporções violentas após a destituição do presidente Pedro Castillo

A organização não governamental (ONG) Human Rights Watch (HRW) cobrou nesta quinta-feira, 23, as autoridades do Peru por uma investigação exaustiva das mortes e da ação das forças de segurança durante os protestos ocorridos no país, depois da deposição do agora ex-presidente Pedro Castillo. “As autoridades civis do Peru deveriam impulsionar investigações exaustivas, independentes e sem demoras sobre ao menos 21 mortes de manifestantes, sobre denúncias de uso excessivo da força por parte das forças de segurança e sobre atos de violência cometidos por alguns manifestantes”, aponta comunicado da HRW. Desde que se intensificaram os protestos no Peru, pedindo a renúncia da presidente Dina Boluarte e o fechamento do Congresso, além da libertação de Castillo, no último dia 11, pelo menos 27 pessoas morreram em diversos pontos do país, incluindo cinco menores de idade. “Foram registrados atos de violência no contexto dos protestos que devem ser devidamente investigados, mas isso não justifica qualquer uso de força excessiva por parte dos agentes das forças de segurança, o que pode colocar em risco a saúde a vida das pessoas”, pontuou a ONG.

A HRW afirma que o Ministério Público do Peru deveria promover as apurações sobre mortes de manifestantes, ferimentos sofridos pelos participantes dos atos e policiais, assim como outros incidentes violentos ocorridos nos protestos. Além disso, é solicitado que as promotorias de prevenção aos crimes tomem medidas preventivas para garantir que a polícia e as forças armadas se atenham à lei. “O uso excessivo da força por parte de agentes do Estado é um problema persistente no Peru. As normas relativas ao uso da força pelos agentes das forças de segurança não cumprem com os padrões internacionais”, conclui a HRW.

*Com informações da EFE

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