Rússia ataca Kiev com ‘kamikaze’ em meio a rumores de envolvimento direto de Belarus no conflito

Publicado em

spot_img
Tempo estimado de leitura: 2 minutos

Putin se encontrou nesta segunda-feira, 19, com seu aliado Alexander Lukashenko, em Minsk; Ucrânia teme nova ofensiva nos primeiros meses de 2023

KONSTANTIN ZAVRAZHIN / SPUTNIK / AFP

Vladimir Putin, presidente da Rússia, e seu aliado Alexander Lukashenko

A Rússia realizou um novo ataque à capital da Ucrânia, Kiev, com drones kamikazes nesta segunda-feira, 19, momentos antes do presidente russo, Vladimir Putin, se encontrar com o aliado de Belarus, Alexander Lukashenko, em Minsk, e após ter anunciado a realização de exercícios conjuntos com a Marinha chinesa – treinamentos vão ser realizados nesta semana. Os ataques a capital, danificaram ainda mais as infraestruturas ucranianas que já estão em estado crítico devido a bombardeios anteriores. “Durante o alerta aéreo registramos 23 VANT (veículo aéreo não tripulado) inimigos no céu da capital. A defesa aérea destruiu 18 drones”, anunciou o comando militar de Kiev nas redes sociais. As forças russas utilizam munições de bombardeio conhecidas como “Shahed”, com as quais atingiram a capital ucraniana nas últimas semanas, acrescentou. O prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, confirmou explosões nos distritos de Solomiansky e Shevchenkivskyi da capital e que várias infraestruturas críticas foram “danificadas”.

Após o ataque, a operadora ucraniana de energia DTEK anunciou apagões de emergência. “Durante toda a noite, drones inimigos tentaram atacar instalações de energia, o que provocou uma situação difícil para o sistema (…) e cortes de emergência em Kiev” e outras 10 regiões do país, afirmou a operadora Ukrenergo. Os ataques a capital se intensificaram a partir de outubro, depois que Moscou sofreu uma série de reveses militares. Desde então, a Rússia optou por bombardear em larga escala as centrais e infraestruturas de energia elétrica do país, o que deixou milhões de ucranianos sem luz e água às vésperas do inverno (hemisfério norte). As autoridades ucranianas temem uma nova ofensiva nos primeiros meses de 2023. Durante seu discurso diário, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky insistiu que “a proteção da fronteira com Rússia e Belarus é uma prioridade constante. Nos preparamos para todos os cenários possíveis”.

Visita de Putin a Belarus

Putin chegou a Belarus nesta segunda-feira, e foi recepcionado no aeroporto por seu homólogo de Belarus Alexander Lukashenko. A cúpula entre os dois líderes ocorre em um momento em que as autoridades ucranianas temem que a Rússia lance uma nova ofensiva em larga escala contra Kiev nos primeiros meses de 2023. O Exército russo alimentou esses temores, ao afirmar, nesta segunda-feira, que participaria de ações “táticas” em Belarus, depois que Minsk anunciou em outubro a formação de uma força conjunta com a Rússia composta por milhares de soldados. O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, negou que o presidente russo tenha viajado para Belarus para convencer Minsk a se envolver diretamente no conflito na Ucrânia, chamando essas acusações de “estúpidas” e “sem fundamento”.

Que você achou desse assunto?

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

- Publicidade -

ASSUNTOS RELACIONADOS

Mulher acaba seminua ao saltar portão de casa para furtar no Chile

Uma mulher tentou furtar uma casa em Maipú, no Chile, mas acabou por ficar seminua quando as calças que tinha vestidas ficaram presas na grade do portão da habitação. A cena aconteceu no início do mês de maio e foi registrada por câmaras de videovigilância. O momento inusitado aconteceu quando a mulher estava passando por

Irã pediu ajuda dos EUA para encontrar aeronave que caiu com o presidente Ebrahim Raisi

Os Estados Unidos afirmaram, nesta segunda-feira (20), que o Irã, seu rival histórico, pediu ajuda para investigar o acidente que matou o presidente Ebrahim Raisi.  O Departamento de Estado americano informou que Teerã, que não mantém relações diplomáticas com Washington desde a Revolução Islâmica de 1979, entrou em contato depois que a aeronave caiu em

Queda de helicóptero expõe décadas de sanções no Irã

IGOR GIELOWSÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Apesar de as circunstâncias da queda de helicóptero que matou o presidente do Irã, Ebrahim Raisi, seu chanceler e outras autoridades no domingo (19) ainda serem desconhecidas, um fator contribuinte eventual para o acidente é claro: a obsolescência do modelo em que todos voavam. Ela reflete o impacto de