Arquivo Nacional guarda ao menos 743 relatos de óvnis no Brasil

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O registro e posterior derrubada de objetos voadores não identificados (óvnis) nos Estados Unidos e Canadá têm chamado a atenção nos últimos dias. A aparição desses objetos em espaços aéreos nacionais, no entanto, não é de hoje.

No Brasil, de 1952 até 2016, houve um total de 743 registros sobre a aparição de óvnis. A informação é de um relatório do Ministério da Justiça, divulgado em 2018, que reuniu relatos, áudios, fotos e vídeos guardados pela Força Aérea Brasileira (FAB) e enviados ao Arquivo Nacional (AN).

Por mais que a palavra óvni pareça remeter imediatamente a extraterrestres, a sigla é usada para se referir a qualquer objeto no céu do qual não se sabe a “origem natural”. Logo, pode ser um drone, uma estrela, um satélite ou um balão meteorológico, por exemplo.

No Arquivo Nacional, o primeiro documento sobre a aparição de um óvni é de um registro na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro, em 1952. Deste evento, há nove fotos. Em uma delas, o objeto é comparado à nave DC-5, porém, as outras fotografias mostram que ele tinha formato de disco, lembrando um prato.

Os documentos mais famosos são de algumas décadas depois, em 1986, quando ocorreu, em 19 de maio, a “Noite Oficial dos Óvnis”. Nessa data, foram detectados cerca de 21 objetos voadores não identificados. Jatos da FAB foram enviados para persegui-los, mas nenhum obteve sucesso, conforme o relatório de 2018.

“Tudo começou quando o operador da torre do Aeroporto de São José dos Campos, São Paulo, observou pontos luminosos que mudavam de cor, com a predominância da tonalidade vermelha, e perguntou ao piloto Alcir Pereira se ele estava vendo a mesma coisa”, diz o relatório.

“Após a confirmação de Alcir, a Torre de Controle de São Paulo captou sinais sem identificação e o Cindacta I, em Brasília, detectou óvnis nos radares de Goiás, de São Paulo e do Rio de Janeiro. Por causa da velocidade dos objetos, o Centro de Operações de Defesa Aérea (CODA) decidiu enviar os caças para persegui-los e interceptá-los”, afirma.

Em novembro do ano passado, pilotos relataram terem visto luzes “não identificadas” enquanto sobrevoavam Porto Alegre. Segundo as descrições dos profissionais, eram luzes que “se cruzavam” ao sul da capital gaúcha. As conversas que vieram a público foram gravadas por um canal do YouTube que registra a comunicação da Central de Controle do Aeroporto Salgado Filho.

“Por gentileza, só por curiosidade, tem algum ‘reporte’ de algum objeto na posição de 10 para 11 horas, praticamente sobre Porto Alegre, um pouquinho ao sul?”, questiona o piloto, que se identifica como responsável pelo voo 3406 da Latam. Ele recebeu resposta negativa da atendente.

Questionado pela controladora, um outro piloto, do voo 4657, da Azul, responde: “ah, ia informar vocês, mas iam falar que estou louco. Na verdade, estamos vendo essas luzes desde lá de Confins (Belo Horizonte). São três luzes girando em espiral entre elas, bem forte”, afirmou.

O voo da Azul partiu de Belo Horizonte por volta das 21h25, com chegada em Porto Alegre às 23h42. Já o voo Latam 3406 deixou o Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, às 21h55, e pousou em Porto Alegre às 23h31. Na época, por meio de nota, ambas as companhias disseram que qualquer eventualidade é reportada de forma imediata por seus tripulantes.

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