O fato de o técnico Carlo Ancelotti dizer que Vinicius Júnior atualmente é o jogador mais decisivo do futebol mundial diz muito sobre a relação de admiração entre os dois. Mais do que uma massagem no ego do brasileiro de 22 anos, a fala mostra um treinador que provou em primeira mão o gosto de ter a habilidade, os dribles e, sim, o poder de fogo do atacante.
Essa relação se torna mais promissora em dois possíveis cenários: na permanência de Ancelotti no Real Madrid ou a ida para treinar a Seleção Brasileira.
O italiano é o principal alvo da CBF para substituir Tite.
“A gente quer ter ele aqui e quer ter ele na Seleção. E não pode ter nos dois. Acredito que ele vai decidir o futuro dele. E que eu possa seguir trabalhando com ele, não importa se aqui ou na Seleção”, disse Vini à TNT Sports, depois do jogo contra o Liverpool.
Sob a tutela de Ancelotti, Vinicius ganhou mais protagonismo e se tornou um astro do futebol mundial. Fez o gol do título da Liga dos Campeões na temporada passada e, em jogos como o desta terça-feira (21), em Anfield, reforça a consolidação no papel de liderança técnica em um time de camisa tão pesada.
Desde os tempos de Flamengo, Vini era exaltado por parecer não sentir o peso dos grandes jogos. Essa é uma característica que marca o Real Madrid de Ancelotti.
Com sua “liderança tranquila”, mesmo em momentos nos quais o trem parece descarrilar, ele criou um ambiente no qual jovens se sentem à vontade para crescer e chamar a responsabilidade. Além de Vini, Rodrygo é um exemplo disso.
Na temporada atual, Vini soma 18 gols em 35 jogos. Ele ainda tem nove assistências. Ou seja, em média, ele tem participação direta em 0,77 gol/partida.
O desempenho gera reconhecimento para além das fronteiras do Real Madrid. Na última eleição da Bola de Ouro, Vini Jr foi escolhido como o melhor do mundo na temporada passada.
Liga dos Campeões
Mas Ancelotti insiste: hoje, ele é o mais decisivo, na visão do técnico. Os argumentos passam pela intensidade, pelos dribles e, sim, a forma com a qual Vini constrói e conclui para os gols.
O tapa no canto de Alisson, abrindo a reação do Real Madrid diante do Liverpool, é um exemplo claro da união desses elementos.
Quem sabe o futuro mantenha o Vini e Ancelotti juntos, mas não em nome de um uniforme branco e, sim, a favor de uma certa camisa amarela. A da Seleção Brasileira.
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