BR 251: o que fazer para evitar acidentes

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A BR 251 foi pavimentada na década de 1990, seguindo o mesmo traçado da antiga de terra, com uma sequência de curvas. Isso contribui para a ocorrência de muitos acidentes na serra de Francisco Sá, o trecho mais perigoso da rodovia.

 

A observação é de um experiente profissional e empresário, que trabalha no ramo de construção e conservação de estradas em Minas Gerais. Segundo ele, a duplicação é a solução para amenizar o perigo e reduzir as tragédias no local, com a construção de uma nova pista. 

 

O trecho perigoso da serra de Francisco Sá, percorrido pelo Estado de Minas na semana passada, compreende seis quilômetros, do KM 470 ao KM 476. 

 

O trecho tem uma sequência de curvas, com declive acentuado. Mesmo com a advertência da sinalização e radares, existem  motoristas que fazem ultrapassagens indevidas. Este comportamento aumenta o perigo no  local, onde os acidentes são constantes, a  maioria deles  envolvendo caminhões e carretas.

 

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“O problema  da BR 251 na serra de Francisco Sá é que existe uma forte  descida, com um  aclive muito longo e com rampas superior a 10% e muitas curvas. Foi asfaltado praticamente o mesmo  o trecho  da estrada original (antiga), com poucas mudanças” , diz o especialista.

 

“Acontece que  o tipo de transporte de carga da época era  completamente diferente do transporte de hoje. Não existiam  as  carretas com grande  capacidade de carga atual. O volume de trafego hoje é superior a 10  mil veiculos por dia” , afirma o profissional. 

 

“Quanto maior o volume de tráfego, maior a probabilidade de acidentes” pontua. Segundo ele, “a  solução é  simples: a duplicação da rodovia,  que deve ser feita principalmente na serra de Francisco Sá”.

 

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Ele salienta que  deve ser  construida uma nova pista de descida, “mais longa, com aclives mais suaves e curvas mais abertas”. “A pista atual ficaria só para subida” , recomenda. 

 

“Radares, lombadas, quebra-molas minimizam,  mas não evitam acidentes. Os  freios dos veiculos de carga, muitas vezes,  por ser declive longo, aquecem e não atuam de forma eficaz.  Com isso,  ocorre estes acidentes. Há  outros motivos como excesso de velocidade e  imprudência”, conclui o profissional. 

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