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Mauricio de Sousa pode ser eleito o novo imortal da Academia Brasileira de Letras

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O cartunista Mauricio de Sousa, criador da Turma da Mônica, pode ser eleito nesta quinta-feira, 27, o mais novo imortal da Academia Brasileira de Letras. Apesar da polêmica que movimentou o meio literário e os brasileiros nas últimas semanas, com discussões acaloradas sobre histórias em quadrinhos e alta literatura e sobre se um desenhista “merece” estar numa “casa de escritores”, Mauricio de Sousa tem se mostrado o nome mais popular entre os candidatos à cadeira número 8. Mais popular, para a opinião pública. Mas quem elege é a ABL, e seus membros já tinham outro nome em mente.

Seu maior adversário é o filólogo Ricardo Cavaliere, que já concorreu em outra ocasião, em 2021, quando José Paulo Cavalcanti foi eleito. Até Mauricio de Sousa se candidatar, “no meio do processo”, segundo um acadêmico ouvido pelo Estadão, a eleição era de Cavaliere – ele é professor com experiência na área de Letras e Linguística e autor de obras como Fonologia e Morfologia na Gramática Científica Brasileira e Pontos Essenciais em Fonética e Fonologia.

A entrada do cartunista na corrida pela vaga dividiu os imortais e o resultado, hoje, não será unânime. No entanto, basta a maioria absoluta dos votos para que o novo membro seja anunciado

Se não der para Mauricio de Sousa agora, espera-se que ele tente de novo depois, preparando o terreno numa pré-candidatura informal, como é de praxe. Desta vez, os acadêmicos foram surpreendidos com sua inscrição.

Mais quatro
Além deles, outros quatro candidatos tentam, sem chance, ficar com a cadeira que era da professora especializada em literatura portuguesa Cleonice Berardinelli (1916-2023), que morreu aos 106 anos em janeiro. São eles: Joaquim Branco, Eloi Angelos G. D’Arachosia, José Alberto Couto Maciel e James Akel.

A ABL, inspirada na Academia Francesa e inaugurada em 1897, conta sempre com 40 acadêmicos – nem todos escritores – escolhidos pelos próprios imortais. Alguns grandes autores nunca se interessaram em se candidatar. E alguns imortais não entraram exatamente para a história da literatura brasileira. Mas o título dá prestígio ao escolhido, e benefícios.

Não há exatamente um salário pago pela Academia Brasileira de Letras, uma entidade privada, para seus integrantes. O que há são jetons, remuneração por comparecimento às sessões da casa. Para as reuniões de quinta-feira, que incluem o famoso chá dos imortais, o valor é R$ 1.100. Para as de terça, R$ 400. Era um pouco mais antes da pandemia. Eles também ganham plano de saúde, pagamento do funeral e uma vaga no mausoléu da Academia.

Imortalidade
Em recente entrevista ao Estadão, no aniversário de 60 anos de sua personagem Mônica, Mauricio de Sousa se mostrou inseguro com relação à eleição. Foi depois de se candidatar que ele soube que era preciso fazer campanha, se aproximar dos outros acadêmicos, pedir voto.

“Está difícil porque, entendi agora, eu devia estar entrosado com o pessoal de lá. Mas não moro na mesma cidade, não tenho o tempo de que gostaria de dispor”, disse ao Estadão em no início de abril, aos 87 anos, antes de embarcar em uma nova viagem ao Japão.

Esta é a segunda eleição no mês. Na última quinta, Heloisa Buarque de Hollanda foi eleita para a vaga de Nélida Piñon.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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