Reino Unido bloqueia fusão entre Activision Blizzard e Microsoft

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A agência reguladora britânica Autoridade de Concorrência e Mercados do Reino Unido (CMA) bloqueou nesta quarta-feira (26/4) a compra pela Microsoft da gigante americana de videogames Activision Blizzard, argumentando que isso afetaria a concorrência no setor de jogos online.

A CMA “impediu a compra da Activision por temer que o acordo atrapalhasse o futuro do mercado de jogos em nuvem em rápido crescimento, levando a menos inovação e menos opções para os jogadores”, disse em um comunicado.

A Microsoft, que comercializa o console de videogame Xbox, anunciou que vai recorrer da decisão. “A decisão da CMA rejeita um caminho pragmático para abordar questões de concorrência e desencoraja a inovação tecnológica e o investimento no Reino Unido”, informou a empresa em nota.

 

A dona do Xbox ainda disse que foram feitos contratos com a Activision Blizzard para disponibilizar jogos em mais de 150 milhões de dispositivos. “Estamos especialmente desapontados porque, após longas deliberações, essa decisão parece refletir uma compreensão falha desse mercado e da forma como a tecnologia de nuvem relevante realmente funciona”, termina o comunicado.  

 

A fusão com a Activision Blizzard desenvolvedora de jogos de sucesso como ‘Call of Duty’ e ‘Warcraft’, criaria a terceira maior empresa de jogos em volume de negócios, depois da chinesa Tencent e da japonesa Sony. Nas redes sociais, os jogadores apontam um lobby da empresa japonesa para barrar o crescimento da Microsoft. “Decisão terrível só para proteger a Sony”, diz um comentário nas redes.

 

A CMA considerou no final de março que a operação não implicaria problemas de concorrência para os videogames, mas admitiu que persistiam os receios em relação aos jogos online. “A Microsoft dialogou de forma construtiva conosco para tentar resolver esses problemas (…) mas suas propostas não foram suficientes”, disse Martin Coleman, presidente do grupo de especialistas independentes encarregado da investigação da CMA.

“Os jogos na nuvem [jogos online] precisam de um mercado livre e de concorrência para estimular a inovação e a escolha [dos consumidores]. A melhor forma de conseguir isso é permitir que a atual dinâmica de concorrência” no setor continue, acrescentou, citado no comunicado.

 

A negociação, no valor de US$ 69 bilhões de dólares (R$ 349 bilhões), ainda precisa ser aprovada por agências reguladoras da Europa e dos Estados Unidos. 

 

 

 

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