Todo mundo quer uma Reforma Tributária no Brasil. O problema é que nem todos querem as mesmas mudanças. Com quase 34% de carga tributária, o país se destaca negativamente entre aqueles que mais retiram recursos dos contribuintes, entretanto os problemas não acabam aí. O peso dos tributos recaem mais sobre uns do que sobre outros e o sistema de cobrança é complexo e confuso.
Um exemplo claro de que nem todos querem a mesma reforma foi o manifesto conjunto divulgado pelas principais entidades patronais nesta terça-feira. Quase todas estavam lá, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a Confederação Nacional do Transporte (CNT), a Confederação Nacional de Saúde (CNSaúde) e a Confederação Nacional das Cooperativas (CNCOOP). Uma destacada exceção é justamente a CNI, que representa a indústria.
Não se sabe o motivo da entidade ter ficado de fora, mas há algum tempo as discussões sobre a reforma no setor produtivo colocam em polos opostos a indústria e os serviços.
No manifesto divulgado nesta terça, as entidades signatárias avisam que as propostas de mudanças “necessitam de ajustes para evitar impactos perversos e riscos à sociedade brasileira”.
“Se prevalecer a ideia de alíquota única para bens e serviços, haverá um pesado aumento de impostos sobre setores estratégicos no Brasil. A reforma acarretará elevação geral nos preços dos alimentos (mais 22% sobre a cesta básica), dos transportes, da habitação, da mensalidade escolar, da saúde (mais 38% sobre medicamentos e 22% sobre planos de saúde), do advogado, do turismo, da ginástica, do lazer, da segurança e de diversos outros serviços”, diz o manifesto.
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