O Barcelona, já consagrado campeão espanhol, perdeu para o Real Valladolid por 3 a 1 nesta terça-feira (23), no estádio José Zorrilla, pela 36ª rodada de La Liga. Christensen (contra), Larin e Plata marcaram os gols da vitória, e Lewandowski diminuiu para os visitantes.
O time de Paulo Pezzolano sai da zona de rebaixamento com o resultado, e chega a 38 pontos, no 17º lugar. O Barça permanece com 85.
A partida foi marcada por protestos contra o racismo, após Vinícius Júnior ser vítima de atos racistas no jogo entre Valencia e Real Madrid, no domingo (21), no estádio Mestalla.
Barcelona e Valladolid entram em campo com faixa contra racismo
O caso de racismo contra Vini Jr: Barcelona e Real Valladolid entraram em campo com uma faixa de protesto contra os recorrentes atos racistas registrados nos campeonatos locais.
– Racistas, fora do futebol – diz a faixa carregada pelos jogadores de ambas as equipes, reunidos no gramado antes de a bola rolar pela 36ª rodada de La Liga.
A mensagem era acompanhada pelos símbolos da federação espanhola e de La Liga, simbolizando o apoio das duas organizações à causa antirracista.
Anteriormente, o presidente desta última, Javier Tebas, havia optado por criticar Vini em vez de repreender os atos racistas registrados no estádio Mestalla, no domingo (21).
Raphinha é substituído e mostra apoio a Vini
Ao ser substituído no segundo tempo, o brasileiro Raphinha deixou o campo com uma homenagem a Vini Jr: ele tirou a camisa do Barcelona, e, em sua regata, havia uma mensagem em protesto contra o racismo.
– Enquanto a cor da pele for mais importante que o brilho dos olhos, haverá guerra – dizia o texto. Nas costas, outra mensagem: ‘TMJ Vini’.
Raphinha deixou o gramado com o punho cerrado, até dar lugar a Dembélé, que o substituiu.
Vini Jr mais uma vez vítima de racismo
No último domingo (21), na etapa final de Valencia 1 x 0 Real Madrid, os torcedores presentes no estádio Mestalla cantaram, em coro, a palavra ‘mono’ (macaco, em espanhol).
Nervoso, Vinicius tentou levar o árbitro até alguns dos torcedores responsáveis, que estavam atrás do gol adversário, mas ele nada fez. Enquanto a confusão acontecia em campo, os alto-falantes do estádio pediam para que os cantos cessassem. Foram oito minutos de paralisação até que o jogo recomeçasse, sem qualquer atitude da arbitragem ou da delegação responsável pela partida.
Pouco tempo depois, uma nova confusão no gramado, e Vini foi pego pelo pescoço por Hugo Duro. Ao se soltar, ele acertou uma cotovelada no atleta.
Na revisão do VAR, o vídeo mostrou apenas o trecho do lance em que Vini atinge o adversário, e somente o brasileiro foi expulso.
Ao sair de campo, ele fez o gesto de ‘2’ com os dedos – referência ao possível rebaixamento do Valencia. O gesto ganhou mais importância na mídia espanhola e para o presidente de La Liga, Javier Tebas, que o racismo sofrido em campo.
Vinicius se pronunciou de forma dura, rebatendo as acusações de “falta de informação” de Tebas. O Real Madrid prometeu suporte ao atacante, que e ganhou o apoio de personalidades do mundo todo: jogadores em atividade, como Mbappé e Neymar; ex-jogadores; dirigentes; clubes; enquanto subia o nível de pressão sob o futebol espanhol.
Nesta segunda-feira (22), o tom mudou. Árbitros foram demitidos. Capas de jornais deixavam a cotovelada de lado, pedindo uma postura “antirracista”, e apesar de angustiado, o jogador não recuou.
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