Teles entram em guerra contra Netflix e outras bigtechs

Publicado em

spot_img
Tempo estimado de leitura: 2 minutos

JULIO WIZIACK
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – As maiores teles do Brasil -Claro, Vivo e Tim- fazem lobby junto ao Congresso para forçar gigantes de tecnologia, como Netflix e Google, a pagarem uma taxa sempre que o consumo de dados nas redes das operadoras crescer mais do que o previsto pelo setor. Duas são as estratégias, segundo parlamentares ouvidos pelo Painel S.A, da Folha de S.Paulo.

Em uma frente, as operadoras buscam uma nova legislação, criando a possibilidade da cobrança. Hoje, a negociação é livre entre as partes.
Em outro campo, usam o 5G para mudar o Marco Civil da Internet de forma que fique explícito na lei o chamado gerenciamento de tráfego.

Com isso, querem, por exemplo, reduzir a banda da Netflix quando o consumo de seus filmes e séries extrapolar um teto a ser definido.

Banda é como uma faixa de rodovia por onde as teles transmitem dados. No caso em questão, se a rodovia tem quatro faixas, querem estreitar o escoamento dos dados da Netflix, por exemplo, para três ou duas faixas, deixando as outras livres para os demais usuários da rede.

Quando isso ocorre, no entanto, a qualidade da imagem dos vídeos pode ficar prejudicada.
Em outro campo, as operadoras defendem que, para garantir a estabilidade e a velocidade dos sinais de quinta geração em aplicações sensíveis, como carros autônomos e cirurgias à distância, não poderão correr o risco de “surpresas” em suas redes.

Hoje, a legislação diz que, dependendo do tipo de gerenciamento do tráfego, reduzir a banda de algum usuário (uma big tech, por exemplo) pode se configurar discriminação, o que viola o marco da internet.

As operadoras brasileiras encamparam essa ideia inspiradas nas teles da Coreia, que foram à Justiça contra a Netflix para garantir o direito de gerenciar o escoamento de seus filmes.
No Brasil, as bigtechs sempre foram resistentes a essa cobrança. Desta vez, em resposta ao lobby das teles, seus representantes dizem para os congressistas que as redes operam com folga de capacidade e que, portanto, seu conteúdo não é um risco.

Lembram ainda que o conteúdo por eles transmitido é o que movimenta o tráfego e os preços cobrados dos usuários finais nos pacotes de dados já bancam os custos totais.

Que você achou desse assunto?

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

- Publicidade -

ASSUNTOS RELACIONADOS

Imagens de videovigilância mostram rapper agredindo a ex-namorada

A CNN Internacional teve acesso a imagens de videovigilância que mostram Sean Diddy Combs agredindo a ex-namorada Cassie Ventura, a cantora com quem namorou durante onze anos e que em 2023 o acusou de estupro. O vídeo, que poderá ver abaixo, é de março de 2016, quando o ainda casal se encontrava hospedado no hotel

Camila diz que ainda fala com ex Lucas Buda

RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) - Camila Moura contou que ainda fala com o ex-marido Lucas Henrique, conhecido como Buda, que esteve no Big Brother Brasil 24 (Globo). A professora afirmou que nem parece que os dois foram casados. A professora de História afirmou que os dois ainda se falam pelo WhatsApp, mas apenas para

Eliezer saiu endividado do BBB e lucrou com intervenções estéticas

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Eliezer do Carmo, 34, levou quase um ano após ter deixado o BBB 22 (Globo) para lucrar o valor equivalente ao prêmio do programa -R$ 1 milhão, à época. Ele encerrou sua participação no programa com uma dívida de R$ 300 mil, à equipe que geria suas redes sociais durante