Estados estabelecem cobrança de ICMS de 17% sobre vendas de e-commerces internacionais

Publicado em

Tempo estimado de leitura: 2 minutos


000 1ea4xd

Seguindo o plano do governo de taxar os e-commercers internacionais, o Comitê Nacional de Secretários de Fazenda dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz) determinou a cobrança de uma alíquota de 17% sobre compras realizadas em lojas estrangeiras. O percentual é referente ao Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). O grupo se reuniu na última terça-feira, 30, e encaminhou a decisão ao Ministério da Fazenda nesta quinta, 1º. Com a determinação, grupos técnicos devem se reunir para discutir a implementação da mudança. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já havia adiantado que as lojas online Shein, Shopee e AliExpress estão negociando com o governo brasileiro a adesão ao plano de conformidade e que vão pagar os impostos da forma que o governo estabelecer para garantir concorrência justa com lojas brasileiras. O plano de conformidade é um plano Receita Federal para o comércio eletrônico em compras de até US$ 50. Com a medida, o imposto sobre produtos vendidos em sites internacionais será descontado na hora da compra. Segundo explicou Haddad, assim que o consumidor comprar um produto a empresa de e-commerce já estará autorizando o poder público a descontar daquilo que o consumidor já pagou o que a empresa deveria recolher. O ministro disse que esse modelo é o mesmo adotado pelos Estados Unidos e pela Europa.

Com a repercussão negativa sobre o tema nas últimas semanas, Haddad afirmou que a Shein vai nacionalizar 85% dos produtos dela em quatro anos e que a empresa chinesa promete criar cem mil empregos no país nos próximos três anos, fazendo parcerias com dois mil fabricantes brasileiros. Também nesta segunda-feira, 24, Haddad afirmou que está havendo abuso por parte de algumas empresas no uso do regime de juros sobre capital próprio, com o objetivo de evitar o pagamento do imposto de renda. Os juros sobre capital próprio são uma forma de distribuição dos lucros de uma empresa que tem ações bolsa de valores aos seus acionistas. Atualmente as empresas são isentas e há incidência do imposto de renda de 15% quando os recursos são depositados nas contas dos acionistas.

 

Que você achou desse assunto?

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

- Publicidade -

ASSUNTOS RELACIONADOS

Pedidos de recuperação judicial crescem, geram mais de R$ 100 bi em dívidas e criam ‘ciclo perverso’ para economia

Até outubro deste ano, 1.128 empresas entraram com pedidos de recuperação judicial durante 2023, de acordo com o Indicador de Recuperação Judicial e Falências da Serasa Experian. O número de solicitações acelerou consideravelmente durante o segundo semestre do ano. Entre setembro e outubro, houve um crescimento de 19,1% nas requisições de recuperações judiciais. Apenas em outubro

Brasil deve entrar na Opep+, mas não será sujeito a cotas, aponta presidente da Petrobras

O Brasil analisa o convite e deve aceitar fazer parte da OPEP+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), grupo seleto de grandes produtores de petróleo de todo o mundo. No entanto, a Petrobras não deve entrar em nenhum regime de limite de cota de produção, como informou o presidente da companhia, Jean Paul Prates. O

Governo quer quitar R$ 95 bilhões em precatórios ainda em 2023, afirma Haddad

O governo federal quer quitar R$ 95 bilhões em precatórios ainda este ano. Pelo menos foi o que afirmou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, após um painel na 28ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP28), nesta sexta-feira, 1º. “O Tesouro Nacional se organizou para começar a pagar a partir da edição