Pacientes com doença crônica sofrem com atraso de medicamento em Minas

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Os pacientes que estão se tratando da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) em Minas Gerais têm sofrido com o atraso do medicamento usado no tratamento e fornecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Os pacientes acabam tendo que pagar pelo remédio e, quando podem, os médicos ajudam com amostras grátis.
A paciente Mariana Teixeira, de 66 anos, mora em Inhaúma, na zona rural, e faz tratamento em Sete Lagoas, na Região Central do Estado. Ela conta que aguarda para receber o telegy, medicamento usado para tratar a DPOC, desde o dia 10 de abril, e obteve resposta na última sexta-feira (24/7). 
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Porém, o retorno que Mariana obteve não trouxe o remédio, só foi solicitado mais um documento para protocolar o pedido. A paciente diz que, graças ao médico que a atende, seu tratamento não chegou a ser interrompido. “Graças a Deus ainda não aconteceu comigo”, ela diz. “Porque, de 15 em 15 dias, minha sobrinha vai lá buscar para mim as amostras grátis”, afirma Mariana.

Solução paliativa

Mário Moreira, gestor público e consultor técnico da Associação de Pacientes Crônicos do Dia a Dia, recomenda que, quando faltar o medicamento, o paciente procure, junto ao seu médico, uma “terapia substitutiva”, que tenha efeito equivalente ao remédio faltante. Se não for possível a terapia, deve-se recorrer aos órgãos de controle e, em último caso, judicializar a questão.
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Diferentemente do que aconteceu com Mariana, Mário conta que alguns pacientes com DPOC já tiveram seus tratamentos interrompidos por causa da falta do medicamento. “Ocorre, mas é triste”, ele diz. Neste caso, quando acontece uma descompensação, os pacientes acabam internados, sem previsão de alta hospitalar, já que a pessoa em tratamento só sairá quando tiver acesso ao remédio. Durante o procedimento, a internação ainda traz mais gastos com a saúde.

Resposta da Secretaria de Estado de Saúde

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) informou, por meio de nota, que, em junho, “o medicamento foi distribuído para atendimento parcial da demanda”. Isto ocorreu porque a Secretaria aguardava a entrega do item pelo fornecedor. Em julho, o estoque foi restabelecido, e a distribuição, autorizada a todas Farmácias Regionais, o que já está em andamento”.
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Em caso de falta do medicamento, a SES-MG indica que os pacientes informem ao médico, “para que seja avaliada a possibilidade de utilização de outra opção terapêutica”, diz a nota. Os valores gastos pelos pacientes que compraram o medicamento por conta própria não serão ressarcidos. 
* Estagiária sob supervisão do subeditor Thiago Prata

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