General russo ‘impiedoso’ é demitido do Exército por envolvimento no motim do grupo Wagner contra Moscou

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Serguei Surovikin, general russo conhecido como ‘Armagedom’, foi demitido do cargo de comandante em chefe das Forças Aeroespaciais, afirma a imprensa de Moscou, dois meses após a tentativa de motim do grupo paramilitar Wagner, do qual ele é considerado próximo. “O general de exército Serguei Surovikin foi demitido de suas funções”, afirmou nesta quarta-feira, 23, a agência estatal RIA Novosti, que cita uma fonte que acompanha as movimentações dentro do exército russo. Em outubro de 2022, Surovikin tinha sido nomeado comandante das tropas na Ucrânia. Ele ordenou em novembro a retirada da cidade de Kherson e da margem direita do rio Dnieper, no sul ucraniano, um revés significativo para Moscou. O general comandou em seguida uma campanha de bombardeios contra infraestruturas de energia ucranianas, uma estratégia que pretendia deixar o país vizinho de joelhos, mas que terminou em fracasso. Três meses após a nomeação, ele foi substituído à frente da operação na Ucrânia pelo comandante do Estado-Maior russo, Valeri Guerasimov.

Segundo a agência, o general Surovikin, de 56 anos, foi substituído pelo general Viktor Afzalov. Até o momento, nem o Kremlin, nem o ministério da Defesa comentaram a notícia. O jornal russo RBK e Alexei Venediktov, ex-diretor de redação da rádio Eco de Moscou, também anunciaram a demissão de Surovikin, assim como o Rybar, um influente blog militar que acompanha os combates na Ucrânia. Desde a tentativa frustrada de motim do grupo paramilitar Wagner, no fim de junho, vários boatos circularam sobre mudanças na cúpula do exército russo. Durante a rebelião de 24 horas do grupo de mercenários, Surovikin pediu aos amotinados que parassem e retornassem aos quartéis “antes que fosse tarde demais”. O general, no entanto, é considerado próximo ao grupo Wagner e a seu líder Yevgeny Prigozhin, que havia elogiado o general.

Surovikin é conhecido como ‘Armagedom” por seus métodos brutais e foi considerado durante muito tempo o principal aliado do grupo paramilitar dentro do ministério da Defesa da Rússia. Ele é um dos rostos emblemáticos da ofensiva russa contra a Ucrânia. Na Rússia, é muito conhecido por sua participação na tentativa de golpe de Estado de 1991, que representou a sentença de morte da URSS. Detido depois que as tropas que comandava mataram três manifestantes pró-democracia, Surovikin foi liberado em poucos meses. Mas seus vínculos com o grupo paramilitar Wagner e seu líder Yevgueni Prigozhin complicaram sua trajetória. Na madrugada de 23 para 24 de junho, quando Prigozhin defendeu a queda da cúpula militar russa e seu grupo de mercenários avançava em direção a Moscou, Surovikin apareceu em um vídeo em que falava com ar solene, segurando uma arma. “Dirijo-me aos combatentes e líderes do grupo Wagner. Somos do mesmo sangue, somos guerreiros. Peço que parem”, disse. “Antes que seja tarde demais”, insistiu. Menos de 24 horas depois, Prigozhin recuou e, segundo várias fontes, seguiu para o exílio em Belarus. Mas o apelo de Surovikin, divulgado muito rapidamente e considerado forçado por alguns observadores, não foi suficiente para evitar a marginalização do general devido a seus vínculos com o grupo Wagner.

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