Dino elogia PF por acordo de delação que deve atingir Bolsonaro

Publicado em

Tempo estimado de leitura: 2 minutos

O ministro da Justiça, Flávio Dino, elogiou a Polícia Federal pela atuação no acordo de delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL).

Em publicação nas redes sociais neste sábado (9), Dino afirmou que a instituição cumpriu a legislação em seu trabalho de firmar o compromisso com o oficial do Exército. A delação foi homologada também neste sábado.

“Minhas homenagens à equipe da Polícia Federal que atuou para o andamento da colaboração premiada do Sr. Mauro Cid. A Polícia Federal atuou com seriedade, profissionalismo e pleno atendimento à Constituição, às leis e à jurisprudência do STF”, escreveu o ministro da Justiça do governo Lula.

  • Leia: Michelle Bolsonaro chora em culto e se diz traída

A postagem foi feita pouco mais de uma hora após a notícia de que o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Morais homologou o acordo e concedeu a ele liberdade provisória.


Cid é acusado de ter adulterado o cartão de vacina de Bolsonaro e familiares

 

A PF está subordinada ao Ministério da Justiça e tem autonomia em relação ao governo, mas integrantes têm avaliado que a corporação vem tendo relação próxima com o Palácio do Planalto. O chefe da PF é Andrei Rodrigues, que tem feito questão de manter a imagem de homem de confiança do presidente Lula.

Anteriormente, a jornalistas, Dino adiantou novidades de investigações em andamento, como em coletiva em julho no caso envolvendo a morte da vereadora Marielle Franco. De acordo com a lei, somente partes de processos podem ter acesso a dados de apurações.

  • Leia: Bolsonaro ficou irregularmente com 128 presentes, diz auditoria do TCU

Mauro Cid estava preso desde maio deste ano acusado de ter adulterado o cartão de vacina de Bolsonaro e familiares.

Pesam sobre o militar outras acusações. Ele é acusado de vender ilegalmente joias entregues ao governo Bolsonaro e de ter atuado no vazamento de um inquérito sigiloso sobre um ataque hacker ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), além de outros crimes.

  • Leia: Moraes homologa delação de Mauro Cid, ex-ajudante de Bolsonaro.

Políticos governistas também comentaram a homologação da delação de Cid neste sábado. A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, postou nas redes sociais que “além de delatar, Mauro Cid ainda oferece um catálogo de temas para entregar o inelegível. Por aqui, aguardamos”.

Em outra postagem, Gleisi comentou: “Delação validada! É bom o inelegível Jair se preparando para responder por seus crimes”.

A deputada Jandira Feghali (PC do B -RJ) postou: “está chegando a hora de confirmar o que todos sabemos sobre o 8 de janeiro: Bolsonaro planejou, forneceu recursos e incentivou um golpe. Já está inelegível. Falta ser preso por todo o mal que causou”.

A deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) postou que “a casa tá caindo!”, expressão também usada por Marcelo Freixo, presidente da Embratur.

 

 

image

Que você achou desse assunto?

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

- Publicidade -

ASSUNTOS RELACIONADOS

Mortes pelas chuvas chegam a 75 e governador fala em ‘Plano Marshall’

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O número de mortos pelas fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul chegou a 75 neste domingo (5), sétimo dia do temporal que já assolou mais da metade do estado. Com mais de 510 mil pessoas afetadas pela tragédia -muitas aguardando resgate-, cidades destruídas, e com previsão de

Lula chega a centro de operações do Exército em Porto Alegre para se reunir com Eduardo Leite

Após pousar na Base Aérea de Canoas (RS), o presidente Lula se dirigiu para o 3º Regimento de Cavalaria de Guarda, na zona leste de Porto Alegre, onde está em funcionamento um centro de operações do Exército, instalado para lidar com os efeitos dos desastres no Estado. As informações são da Rádio Gaúcha. Lula chegou

Moraes estabelece prazo para diligências sobre Monark

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, acolheu pedido do procurador-geral da República, Paulo Gonet, e determinou que a Polícia Federal faça novas diligências no inquérito sobre o suposto crime de desobediência atribuído ao influenciador Bruno Aiub, o Monark. A corporação terá 30 dias para fazer a apuração. O Ministério Público Federal depois