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Na segunda mesa de debate da reunião da cúpula do G20, neste sábado (9/9), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a defender o combate às desigualdades e anunciou que vai lançar uma “Aliança Global contra a Fome”. Em Nova Délhi, na Índia, em meio aos lideres das 20 maiores economias, o petista afirmou que “o mundo desaprendeu a se indignar e normalizou o inaceitável”.
“A crença de que o crescimento econômico, por si só, reduziria as disparidades se provou falsa. Os recursos não chegaram às mãos dos mais vulneráveis. O mercado continuou indiferente à discriminação contra mulheres, minorias raciais, LGBTQIAPN+ e pessoas com deficiência. A desigualdade não é um dado da natureza. Ela é socialmente construída”, disse Lula.
Lula ainda destacou o lançamento do plano Brasil sem Fome, no fim de agosto, para incentivar o trabalho em reduzir a pobreza e a insegurança alimentar. “Garantir oportunidades iguais para todos significa assegurar acesso a serviços básicos de qualidade”, emendou o presidente.
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Outras medidas tomadas pelo governo Federal nos primeiros nove meses de mandato também foram lembradas pelo petista, principalmente a obrigatoriedade da igualdade salarial entre homens e mulheres que ocupam o mesmo cargo. Lula também voltou a defender a inclusão do pobre no orçamento público e a necessidade de fazer os super-ricos pagarem impostos.
Após a sessão, Lula participou do lançamento da Aliança Global para Biocombustíveis, iniciativa conjunta com 19 países, incluindo Estados Unidos e índia – junto com o Brasil são os três principais produtores de biocombustíveis do mundo -, e outras 12 organizações internacionais. O objetivo é fomentar a produção e o uso do material.
O primeiro discurso de Lula no G20, proferido horas antes, seguiu a agenda ambiental que o presidente pretende levar ao debate da geopolítica. Lula afirmou que é necessário uma ação rápida para que as mudanças climáticas sejam mitigadas e voltou a cobrar um financiamento aos países em desenvolvimento – o chamado Sul Global.
Ao fim da reunião da cúpula, o Brasil vai receber a presidência rotativa do G20 até meados de 2024. Lula também anunciou que será criado uma “Força-Tarefa para Mobilização Global contra a Mudança do Clima”.
“Queremos chegar na COP 30, em 2025, com uma agenda climática equilibrada entre mitigação, adaptação, perdas e danos e financiamento, assegurando a sustentabilidade do planeta e a dignidade das pessoas. Esperamos contar com o engajamento de todos”, disse o presidente.
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